Onde vai parar o lixo que você produz todos os dias? Essa questão foi levantada junto a estudantes, professores e às comunidades dos municípios de Baião e Mocajuba, no Baixo Tocantins, durante os dias 12, 13 e 14 de agosto. Por meio de palestras, atividades pedagógicas e sessão de cinema, os agentes do Programa de Educação Ambiental da Eletronorte (PEA) abordaram a importância de responder à pergunta sobre o que fazer com o lixo que produzimos diariamente.
As atividades foram direcionadas principalmente para alunos e professores. Em Mocajuba, os estudantes e educadores das escolas “Abel Figueiredo” e Polo de São José do Acapu assistiram à palestra “Do Lixo ao resíduo solido: convivência com meio ambiente”.
Em Baião, as atividades foram realizadas no Colégio Instituto Imaculada Conceição e o público discutiu sobre “O lixo e o meio ambiente”. Foi exibido ainda um filme educativo.
Em Mocajuba, o PEA também abordou temas sobre a preservação e conservação dos rios e matas. Em Baião, aconteceu uma visita monitorada à Unidade de Conservação Ambiental Bosque Bela Flor, iniciativa da prefeitura daquele município, por meio da Secretaria de Meio Ambiente, que vai preservar a mata nativa em uma área de 105 mil metros quadrados.
Delciney Nava, coordenador do PEA, falou que o tema abordado tem por finalidade promover o envolvimento de todos os segmentos da sociedade, governo, comerciantes, associações e lideranças comunitárias para buscar soluções quanto ao descarte e reciclagem do lixo.
O País tem hoje quase três mil lixões ou aterros irregulares que impactam a qualidade de vida de 77 milhões de brasileiros. Em Baião e Mocajuba, o que se tem é um lixão a céu aberto para destino final do que é consumido pelos 77.152 habitantes nos dois municípios.
Delciney lembra que o destino do lixo é um problema sério que precisa ser resolvido pelos municípios, visto que as populações estão gerando cada vez mais resíduos e as cidades enviam o material para os lixões e a coleta seletiva não avança.
O lixo descartado incorretamente contamina o solo e os lençóis freáticos, além de estimular a proliferação de animais e microrganismos transmissores de doenças. Nesse sentido, podemos mencionar diversas doenças como amebíase, leishmaniose, toxoplasmose, esquistossomose, cólera, hepatite A, entre outras. “Uma das alternativas, que é muito importante para minimizar a questão do lixo é a instrução da população com campanhas educativas. Para isso, a educação é um pilar na viabilidade dos projetos, por ajudar a construir uma nova visão sobre o que fazer com o lixo”, enfatiza o coordenador do PEA.
Carlos Henrique, estudante do 8º ano do Colégio Instituto Imaculada Conceição, lembrou que cada pessoa produz mais de um quilo de lixo diariamente. O lixo produzido pelos moradores das cidades tem como principal destino os lixões a céu aberto ou os aterros sanitários, onde deveria ser tratado. Essa realidade ainda está muito distante dos municípios do estado do Pará. “A gente sabe que o lixão agride o meio ambiente, mas vamos fazer a nossa parte e cobrar para que as autoridades possam resolver o que fazer com o lixo”.
Irlane Ribeiro, estudante do 9º ano, também tem consciência de que o lixo que ela produz ameaça o meio ambiente e a saúde do planeta. Ela diz que a atividade desenvolvida pela Eletronorte é importante para que os estudantes e a comunidade saibam como se tornar mais sustentáveis e reduzir a produção de resíduos no dia a dia. “Antes, eu jogava o meu lixo em qualquer lugar. Agora vou ter muito mais cuidado e dar um destino mais adequado ao lixo que produzo”, afirma a estudante.
(Denis Aragão/Agência Eletronorte)