A Prefeitura de Marabá foi ocupada por estudantes nessa quinta-feira (11) em protesto contra o aumento da tarifa dos ônibus urbanos. O reajuste, que deixaria de cobrar o valor atual de R$2,50 e passaria a custar R$3,00 a partir do dia 10 deste mês, foi suspenso no último dia 4 pelo prefeito João Salame.
No mesmo dia da suspensão, o prefeito se comprometeu em reunir na tarde de ontem com o Conselho Municipal de Transporte e um grupo composto por representantes dos estudantes. O prefeito não compareceu e os estudantes decidiram ocupar a repartição pública como forma de exigir o comparecimento do gestor público.
“Quando fomos em marcha ontem até a Prefeitura soubemos que ele não se encontrava. Então nos indignamos e resolvemos ocupar o prédio até que ele venha dialogar com os estudantes, conforme se comprometeu”, afirma Marcelo Melo dos Santos, membro do movimento estudantil da Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará chamado Movimento Debate e Ação.
Professores da rede municipal de ensino, que deflagraram greve nessa quinta-feira por pendência em relação à folha salarial, se juntaram aos estudantes na manifestação.
Em nota, a Prefeitura de Marabá confirmou que os estudantes reivindicam a revogação do aumento da tarifa de transporte urbano e estão ocupando os prédios do Executivo Municipal, onde funcionam o gabinete do prefeito, o gabinete do vice-prefeito, a ouvidoria do município, a assessoria de comunicação, a procuradoria geral do município e o diário oficial do município.
Ainda de acordo com a assessoria, a reunião precisou ser adiada por motivos contrários à vontade do prefeito. “Ele precisou se ausentar da cidade a fim de tratar de interesses urgentes do município. O encontro foi transferido para a próxima segunda-feira [15], às 16h. Ontem [11], logo pela manhã, um servidor foi enviado para entregar um ofício aos organizadores do movimento, remarcando a reunião. Porém, eles se recusaram a receber o documento e insistiram em manter a reunião para às 16h, o que, evidentemente, pelos motivos já explicados, não ocorreu”, diz a nota.
Fotos: Marcelo dos Santos