De acordo com estudo feito pelo Observatório do Trabalho do Estado do Pará, em parceria entre a Secretaria de Estado de Assistência Social, Trabalho, Emprego e Renda (Seaster) e o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), o Pará segue com saldo positivo da empregabilidade formal no setor industrial entre os meses de janeiro e abril deste ano. A posição paraense também é destaque na Região Norte nos últimos 12 meses.
O estudo foi elaborado com base em informações oficiais do Ministério da Economia, segundo o novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), que considera as ocupações com carteira assinada na iniciativa privada.
O balanço sobre a flutuação do emprego formal indica que no mês de abril, foram feitas 2.838 admissões contra 2.671 desligamentos, resultando na geração de 167 postos de trabalho. O cenário no ano passado, em plena primeira onda da pandemia, indicou uma redução de 1.243 vagas, com o desligamento de 2.490 trabalhadores, frente a 1.247 admissões.
O estudo indica também o crescimento do emprego formal no setor nos quatro primeiros meses deste ano. Entre janeiro e abril, foram feitas 12.879 admissões contra 12.216 desligamentos, com a geração de 663 postos de trabalhos.
Os dados mostram que a empregabilidade vem reagindo, considerando que em 2020, a indústria paraense apresentou perda de empregos formais por conta da pandemia. No mesmo período do ano passado, ocorreram 10.332 admissões, contra 11.897 desligamentos com a perda de 1.565 postos de trabalho.
O estudo acrescenta que os dados positivos estão relacionados às políticas de retomada da economia desenvolvidas pelo governo do Pará. O titular da Seaster, Inocencio Gasparim, enfatiza que o estado tem apresentado um desempenho positivo na geração de empregos, com destaque para o primeiro quadrimestre deste ano, onde setores como o comércio e construção civil tem recebido o impulso através das propostas e projetos econômicos.
“No setor da indústria não tem sido diferente. O novo pacote econômico apresentado pelo governo, com R$ 500 milhões para reduzir os impactos da pandemia em vários setores, nos dá possibilidades de um cenário mais positivo”, destaca o secretário.
O governo concedeu 90% de isenção de ICMS a todo o setor de transformação no estado. “Como todas essas empresas garantem 75% de redução de Imposto de Renda, elas têm todo o incentivo para continuar produzindo. Com a execução do plano de vacinação, a continuidade de obras públicas e a injeção na economia, o Pará seguirá mantendo os resultados positivos, sempre olhando com cautela e segurança para esse processo de retomada econômica”, acrescentou Inocencio Gasparim.
De acordo com José Fernando Gomes Junior, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), 149 empresas têm incentivo fiscal do governo do estado. “Quando uma empresa vem se instalar ou já está instalada no estado, e quer se modernizar e está em busca de benefício fiscal, ela traz o seu pleito para o governo do estado, via Sedeme, que pode conceder até 90% de incentivo fiscal, dependendo da análise do projeto. Estamos dinamizando nosso trabalho, com reuniões mensais da Comissão de Incentivos e, assim, dar ainda mais celeridade no processo de instalação de novas empresas no Pará, além da ampliação de novos parques industriais e modernização da cadeia produtiva”, explicou José Fernando.
O presidente do Sistema Fiepa, José Conrado Santos, observa que o setor minerário manifesta otimismo por conta das ações governamentais. “O governador Helder Barbalho, ao iniciar seu mandato, deixou claro que as portas estavam abertas para o setor industrial e, desde então, tem sido um relacionamento de muito diálogo e de muito trabalho pelo desenvolvimento do estado. Um belo exemplo de como se dá essa interação ocorreu no ano passado, quando a indústria – assim como outros setores da economia interessados no tema – participou de várias reuniões com o governo, para a definição da atualização da Lei de Incentivos Fiscais do Estado”, observa José Conrado.
Polos industriais como os de Barcarena e Castanhal são exemplos de incentivos que devem acelerar o desenvolvimento local. “Os incentivos do governo podem ajudar as indústrias locais a se desenvolverem mais, gerando assim emprego e renda para a população e cumprindo uma promessa do governo, de estar presente em todo o Pará. Da parte da Fiepa, continuaremos apoiando essa indústria local com a qualificação e a inovação proporcionadas pelo Senai e Sesi”, acrescentou o presidente.
Tina DeBord – com dados da Secom