Ex-atacante do Águia e Gavião, índio Aru morre em acidente na madrugada da Sexta-feira Santa

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Faleceu na madrugada desta sexta-feira da Paixão em um acidente de trânsito na Rodovia BR-222, entre Morada Nova e São Félix, um trecho perigoso e onde já aconteceram muitos acidentes fatais, próximo ao Residencial Tiradentes.

Aru, que tinha 31 anos de idade, saiu tinha ido visitar sua mãe, no bairro Amapá, e retornava para a aldeia Kirkatejê, onde morava, a 30 km de Marabá. Numa curva perigosa, o Celta que ele dirigia colidiu contra uma caçamba basculante, que saiu da pista e despencou em um barranco.

Carro-que-Aru-dirigia

Uma equipe do SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) chegou ao local, mas o indígena já estava sem vida. A remoça do corpo foi feita por uma equipe do Corpo de Bombeiros e de lá foi levado para o Instituto Médico Legal, mas ainda não foi liberado para o velório da família.

A identificação do motorista da caçamba ainda não foi feita para a Imprensa. Ubirajara Sompré, ex-vereador de Marabá e irmão de Aru, informou por telefone à Reportagem do blog que a família ainda está decidindo se o sepultamento será na própria aldeia.

Aru defendeu a camisa do Águia de Marabá como centroavante em uma temporada, depois jogou no Ananindeua e no próprio Gavião Kyikatejê Futebol Clube por seis anos consecutivos, quando este se profissionalizou. Depois, defendeu equipe do Imperatriz-MA, e foi jogar em clubes da terceira divisão de São Paulo.

Ele também tinha o sonho de disputar o Campeonato Brasileiro pela Série C por um time de Santa Catarina. E ainda chegou a negociar uma transferência para a Europa, mas não conseguiu.

Na cidade de Parauapebas, Aru atuou no PFC na campanha da elite do Campeonato Paraense de 2016. Também ficou muito conhecido na cidade do sudeste do Pará, por ter atuado em equipes do futebol amador no forte Campeonato Municipal. Aru passou três anos no time do Grêmio e atuou pelo Vila Romana. Os amigos sentiram muito a perda de Aru no trágico acidente.

“Estou muito triste com essa notícia. Era um cara legal, um cara gente boa, um cara bom de se trabalhar e sempre foi, e muito forte naquilo que fazia e dedicado também. Não é só porque ele morreu que eu estou falando isso. Foi um atleta do Grêmio e ficou um amigo. Um cara muito especial para o futebol e eu estou muito triste mesmo pelo acontecimento com o amigo Aru”, afirmou De Assis, técnico do Grêmio.

Por Ulisses Pompeu/Fabio Relvas/Eleutério

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