John Danilovich, ex-embaixador dos EUA no Brasil (2004-2005), afirmou em telegramas diplomáticos que o Pará se parece "com a imagem popular do Velho Oeste": "isolado, pouco povoado" e uma terra "sem lei".
A visão é expressa em relatos sobre a morte da missionária Dorothy Stang, americana naturalizada brasileira.
Stang foi morta em fevereiro de 2005, aos 73 anos, alvo de seis tiros, em uma estrada de terra perto de Anapu (750 km de Belém), por denunciar a grilagem e o desmatamento ilegal. Cinco pessoas foram condenadas pelo crime.
A Embaixada dos EUA no Brasil produziu nove relatórios sobre o caso nos três meses seguintes ao assassinato, e pelo menos outros seis foram elaborados até 2008.
Os telegramas foram obtidos pelo site WikiLeaks (www.wikileaks.ch), que teve acesso a milhares de despachos. A Folha e outras seis publicações têm acesso antecipado aos documentos.
Nos relatos do ex-embaixador, há elogios ao governo federal, cujo empenho foi considerado "vigoroso" sob "qualquer ponto de vista". Mas Danilovich manifesta preocupação com a Justiça do Pará e sugere que a federalização do crime seria a melhor solução
Fonte: Folha.com
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5 comentários em “Ex-embaixador dos EUA afirma que Pará parece o ‘Velho Oeste’”
O embaixador tem razão. Se considerar o sul/sudeste do Estado, então, o diplomata ficará mais estarrecido ainda. Aqui se escravizam e matam-se trabalhadores rurais e a elite trucida mulher grávida de nove meses. “”TERRA DE DIREITOS”. Slogan do governo cidadão da governadora A. Júlia.
eu sou do pará desde que nasci e eu acho que e tudo verdade pois os políticos é que permite q/ seja assim
com as leis q/ protegem os bandidos em quanto os pais de familias estão sendo roubado ou mortos ,
temos q/ mudar estas leis e proteger as pessoas q/ realmente são para ser protegidas os q/ trabalham e precisam de proteção e liberdade .
Isso porque o diplomata não sabe sobre o sul/sudeste do Estado. Aí ficaria mais assustado ainda : escravidão,grilagem, pistolagem etc. Aqui a elite mata até mulher grávida de nove meses, sem remorsos.
Caro Zé Dudu,
apesar de ser doloroso, tenho que concordar com o ex-embaixador Danilovich. Em que pese nossas exuberâncias e riquezes naturais, somos sim “isolados, pouco povoados e uma terra sem lei”. Na verdade, até que temos leis – que são, no geral, excelentes- no entanto, por ser enunciado de um mero dever-ser, traz consigo o germe do seu descumprimento e é exatamente aí que reside nosso “calcanhar de Aquiles”. No Pará (assim como em outros estados da federação), temos na justiça comum estadual um judiário fraco, corrupto, moroso, ineficaz, estrangulado e sucateado. Também concordo com o senhor John Danilovich no que diz respeito à federalização do crime. A justiça estadual é como as câmaras de vereadores, mais atrapalham do que ajudam na distribuição da justiça e no jogo democrático.
Abraços,
Bruno Monteiro.