Brasília – O advogado Gustavo Bebiano, 56 anos, coordenador da campanha vitoriosa de Jair Bolsonaro à Presidência da República, morreu na madrugada desse sábado (14) após passal mal em seu sítio em Teresópolis, Rio de Janeiro. A causa foi um infarto fulminante. Ele ainda chegou a ser socorrido e levado a um hospital da cidade, mas não resistiu.
Bebiano foi nomeado Ministro da Secretaria Geral Presidência, foi demitido por divergências internas e rompeu com o governo no início do primeiro ano da gestão. Pré-candidato do PSDB à prefeitura do Rio, a morte do ex-ministro Gustavo Bebianno foi dada nas redes sociais pelo presidente do estadual do PSDB fluminense, Paulo Marinho.
Segundo Marinho, por volta de 4h30 Bebiano comunicou ao filho que estava passando mal e se dirigiu ao banheiro para ingerir um remédio. Minutos depois, sofreu uma queda e teve ferimentos na cabeça.
Ele foi levado para uma unidade hospitalar da cidade, mas não resistiu.
O ex-ministro, neto do ex-presidente do Botafogo, Adhemar Bebianno, era um apaixonado por jiu-jítsu. Em 1990, depois de receber a faixa preta, o advogado trancou o curso de Direito na PUC do Rio e foi tentar a vida dando aulas da arte marcial em Miami. Abriu uma academia na cidade que chegou a ter cem alunos. Mas, quatro anos depois, voltou ao Rio para retomar os estudos e se formou.
Em 2006, voltou à Flórida, desta vez como sócio de Rilion Gracie, um dos filhos da família de lutadores. Investiu cerca de US$ 60 mil em uma academia com Gracie, com quem treinava desde os 18 anos em Ipanema. Em 2008, voltou ao Brasil.
Seu contato com o então candidato Jair Bolsonaro aconteceu por intermédio do engenheiro Carlos Favoretto, amigo do ex-publicitário Gutemberg Fonseca, ex-secretário de governo de Wilson Witzel, governador do Rio. Ainda durante a campanha, Bebianno, na condição de fã, apareceu em um estúdio na Barra da Tijuca onde Bolsonaro era fotografado. Se aproximou ofertando auxílio jurídico voluntário à campanha do atual presidente da República.
De outsider político, manobrou para arrancar a candidatura de Bolsonaro do nanico Patriota e levá-la ao PSL de Luciano Bivar. O êxito na manobra lhe garantiu a vaga de presidente interino do partido e culminou com a sua nomeação para o primeiro escalão do governo, com gabinete no Palácio do Planalto.
Depois de diversas crises e brigas internas, inclusive com os filhos do presidente Bolsonaro, foi demitido o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência em 18 de fevereiro do ano passado.
Reportagem: Val-André Mutran – Correspondente do Blog do Zé Dudu em Brasília.