Faleceu hoje (12), em Belém, o empresário Oriovaldo Mateus. Ex-presidente da Associação Comercial e Industrial de Parauapebas – ACIP – de 2011 a 2014, Mateus passou recentemente por várias complicações de saúde e há mais de 40 dias estava internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HSM, em Belém. Mateus, 69 anos, deixa esposa e quatro filhos. Seus corpo será transladado para Parauapebas ainda hoje e será velado no salão nobre a ACIP, no bairro Rio Verde.
Sobre Oriovaldo Mateus
Formado em Engenharia Mecânica pela Unicamp, ele chegou a Parauapebas em 1981 como engenheiro da Vale. Treze anos depois, deixou a empresa para montar seu próprio negócio e sabia o que é enfrentar dificuldades. Passava 30 dias ininterruptos trabalhando na mina de ferro da Vale em Parauapebas. Só depois disso ganhava uma semana de folga para ficar em casa. “Falar com a família era um sofrimento, para conseguir usar o telefone público tinha de enfrentar horas de fila”, lembra Mateus, que trabalhou na Vale durante 17 anos e chegou ao cargo de gerente de departamento. Quando a empresa abriu um programa de demissão voluntária, em 1994, viu uma oportunidade para mudar de vida. “Percebi que ganharia muito mais prestando serviço”, diz Mateus.
Ele estava certo. O capital para abrir a primeira empresa veio da rescisão de R$ 135 mil que recebeu da Vale. O empresário usou parte do dinheiro (R$ 45 mil) para comprar um apartamento em Belém, capital do Pará, e o restante investiu numa empresa de sondagens. Batizada de Séculos, o empresário passou a fazer pesquisas de solo na mina de ferro de Parauapebas, onde tinha muitos contatos. Logo ele seria contratado para prestar serviços em outras minas da Vale. A Séculos atuou em Paragominas e Canaã dos Carajás, no Pará, e São Félix e Pitinga, na Bahia. “No auge do trabalho, faturávamos R$ 25 milhões ao ano”, afirmou Mateus. Em 2009, a receita da empresa caiu para metade desse valor.
A história de sucesso da Séculos animou Mateus, que passou a investir em novos negócios. Ao lado de seis sócios, abriu em 2002 a Geoterra, que faz beneficiamento e comércio de brita e fabricação e transporte de concreto. O negócio também prosperou. A empresa tem capacidade para produzir até 60 mil metros cúbicos de brita por mês, suficiente para construir 20 prédios de 30 andares, e tem 35 funcionários. Sua receita anual é de $ 18 milhões.
O Blog se solidariza com parentes e amigos e se une a estes nesse momento em oração para que essa perda possa ser compreendida com esperança no conforto do Criador.