O ex-presidiário Otacílio de Sousa Brito, 33 anos, conhecido como “Tatá”, foi executado a tiros e a golpes de facão na cabeça, na tarde de ontem (19), por volta das 15 horas, em uma área de morro, na Rua Murici, no Bairro Liberdade II, em Parauapebas. Segundo a mulher dele, cujo nome não foi divulgado, três indivíduos participaram do massacre.
Era por volta das 15 horas quando Otacílio, que se encontrava no quintal da casa, construindo um galinheiro, foi surpreendido pelos três desconhecidos, todos com as camisetas cobrindo o rosto, como se fossem capuzes. Eles estavam armados de revólver e facão, como foi possível ver pelas frestas da casa, de madeira.
A mulher, que estava deitada, ouviu quando um dos homens disse para Otacílio não correr. Em seguida, ouviu dois disparos de revólver e fingiu estar dormindo, temendo ser assassinada também, depois escutou outros ruídos e, em seguida, viu os homens saindo apressados.
Correu para o quintal e achou o marido com a cabeça trucidada a golpes de facão e agonizando. Com muito esforço, Otacílio se despediu da vida e da mulher, dizendo que ela era a vida dele e que a amava. Ela gritou aos vizinhos pedindo ajuda, mas já era tarde. Comunicada, a Polícia Militar esteve no local, porém, sem mais o que fazer, comunicou à Polícia Civil e ao IML, que removeu o corpo do homem para necropsia.
A uma fonte do Blog, a mulher disse que o marido era usuário de drogas, cumpriu pena por roubo, e dizia sempre estar “com medo de alguma coisa”, que nunca disse a ela o que seria. Eles, se conheceram em Marabá e havia nove meses que estavam casados. O casal havia mudado para Parauapebas há 45 dias. Informações que estão chegando à Polícia Civil dão conta de que o homem pertenceria a uma das facções que dominam os presídios e teria sido assassinado pela facção contrária.
(Caetano Silva)