A escalada de violência que resultou em seis assassinatos e ainda uma tentativa de duplo homicídio, em Parauapebas, entre o primeiro dia do ano e ontem, domingo (5), acendeu a luz de alerta da Polícia Civil do Pará. O resultado foi o envio de uma força-tarefa à cidade, determinada pelo delegado-geral Alberto Teixeira, tendo à frente o superintendente de Polícia Civil do Sudeste do Pará, delegado Thiago Carneiro Rodrigues. Ele chegou acompanhado de uma equipe do NAI (Núcleo de Apoio à Investigação), de Marabá, que, somando-se aos policiais locais, totalizam 20 agentes da lei na investigação dos crimes que deixaram a cidade inquieta.
Durante coletiva de Imprensa na manhã desta segunda-feira (6), ele fez dois importantes anúncios: a substituição do delegado Gabriel Henrique Alves Costa na direção da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil pelo delegado Élcio Fidelis de Deus; e a prisão de um dos suspeitos de estar cometendo execuções em série, por conta da guerra entre facções.
“Nós constatamos que teve um homicídio consumado no dia, 2, de janeiro no Bairro Liberdade, tivemos um duplo homicídio no dia, 4, no Bairro Nova Vida II, um corpo foi encontrado enterrado no Bairro Primavera e um latrocínio no Cidade Jardim. Já na manhã do domingo (5), uma pessoa foi morta próximo às imediações do Bairro Altamira, e ontem à noite, no Bairro Cidade Jardim uma dupla tentativa de homicídio”, enumerou Thiago Carneiro os casos que deixaram as autoridades em alerta.
Quanto ao suspeito preso na noite de ontem, domingo, durante a tentativa de duplo homicídio, ele disse que as pessoas contra as quais o acusado – cujo nome não foi revelado – atirou o “reconheceram categoricamente”.
Uma das linhas de investigação, de acordo com o superintendente, aponta para a possibilidade de que as execuções sejam acerto de contas entre facções criminosas. O superintendente afirma que a Polícia Civil tem elementos fartos provando que quatro crimes execução estão relacionados uns aos outros. Ele afirma ainda que os criminosos que, trafegando em um automóvel prata, cometeram as execuções, não são de Parauapebas, foram à cidade para eliminar os adversários no crime.
(Caetano Silva)