Uma equipe de peritos das áreas de geologia, arqueologia e antropologia forense começou, nessa segunda-feira (8), a primeira expedição do ano para busca de restos mortais de militantes políticos da Guerrilha do Araguaia.
De acordo com informações da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a expedição acontece em São Geraldo do Araguaia, no Pará; e Xambioá, no Tocantins – cidades que sediaram bases e acampamentos montados pelo Exército no período do movimento. Segundo relatos de testemunhas, guerrilheiros teriam sido enterrados em diversos pontos da região.
No município paraense, uma das áreas de atuação é o antigo cemitério de São Geraldo. A equipe vai retomar as investigações iniciadas em 2012 e 2013, com o objetivo de identificar covas em que possam estar enterrados desaparecidos políticos.
Também vai ser feito um levantamento de possíveis cavernas e fendas usadas para a ocultação de restos mortais no desfiladeiro do Morro do Urutu, situado na Serra das Andorinhas.
Em Xambioá, no Tocantins, os peritos pretendem dar continuidade às escavações no local que sediou a base militar de Xambioá, utilizada para atos de tortura contra camponeses e militantes políticos.
A equipe trabalha ainda para recuperar artefatos deixados pelos militares na tentativa de promover o resgate histórico sobre o funcionamento da base de Xambioá, conhecida como um dos locais mais cruéis de tortura na região.
As buscas nessas duas cidades seguem até 19 de junho. Outras duas expedições devem acontecer entre agosto e outubro deste ano.
Por Sâmia Mendes – EBC
1 comentário em “Expedição busca restos mortais de militantes da Guerrilha do Araguaia”
Os militares brasileiros são muito incompetentes,fizeram o serviço pela metade,se tivessem feito a coisa direito não teria sobrado tanto ladrão.