As transações comerciais do Pará com países do exterior despencaram 33% no mês passado no comparativo com o mesmo período do ano passado. Foram exportados 2,117 bilhões de dólares em commodities, ante 3,206 bilhões em junho de 2021. Os dados da balança comercial brasileira por estado foram divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Ministério da Economia. Os números foram comparados pelo Blog do Zé Dudu.
Apesar da queda, o estado se manteve em junho na 5ª colocação como maior exportador do Brasil, atrás de São Paulo (5,937 bilhões de dólares), Minas Gerais (4,239 bilhões), Rio de Janeiro (3,385 bilhões) e Mato Grosso (3,337 bilhões). SP e MT registraram crescimento da ordem de 1 bilhão de dólares de um ano para outro, enquanto RJ registrou perda de 600 milhões. Nenhum estado, no entanto, caiu com a mesma intensidade do Pará.
A razão de tamanha retração está nas operações de minério de ferro na região de Carajás, sensivelmente mais fracas este ano em relação ao apogeu registrado ano passado. O desempenho fraco nas minas de Serra Norte, em Parauapebas, e de Serra Sul, em Canaã dos Carajás, está atrelado, sobretudo, à baixa na cotação do minério de ferro, cujo preço este ano é metade do registrado no ano passado, quando chegou a 230 dólares por tonelada. Nesta quarta, a cotação média estava em 111 dólares.
Semestre fraco
O desempenho ruim do Pará na balança comercial não se restringe a junho. No primeiro semestre deste ano, a maior economia da Região Norte registrou 10,647 bilhões de dólares, mais de 3,5 bilhões abaixo da mesma movimentação do primeiro semestre de 2021, quando foram registrados 14,261 bilhões. Nunca antes o estado havia registrado queda dessa ordem na balança comercial de um ano para outro desde que os números oficiais das transações comerciais passaram a ser divulgados.
Com o desempenho atual, o Pará segue colado pelos estados do Paraná (10,577 bilhões de dólares no primeiro semestre) e Rio Grande do Sul (10,142 bilhões). O estado segue muito atrás dos líderes da balança, São Paulo (32,097 bilhões), Minas Gerais (20,322 bilhões), Rio de Janeiro (19,8 bilhões) e Mato Grosso (17,763 bilhões).