Com as commodities minerais dominando a pauta, as exportações paraenses totalizaram 2,2 bilhões de dólares no acumulado dos dois primeiros meses deste ano. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu na plataforma de dados do Ministério da Economia. Ao todo, o Pará possui uma cesta composta por 251 produtos geradores de divisas.
No primeiro bimestre, oito dos dez produtos exportados pelo estado saíram da mineração. Os minérios de ferro (1,36 bilhão de dólares exportados) e cobre (284,3 milhões de dólares) mais a alumina (154,4 milhões de dólares) respondem, juntos, por 82% do movimento financeiro do total das vendas paraenses. Além deles, integram o pacote o minério de manganês (63,3 milhões de dólares), o minério de alumínio (38,1 milhões de dólares) mais alumínio bruto (35 milhões de dólares), caulim (30 milhões de dólares) e ferroligas (26,2 milhões de dólares).
Os principais representantes da balança comercial paraense que não integram o pacote de produtos de mineração são a carne bovina congelada (29,4 milhões de dólares) e o boi vivo (24,5 milhões de dólares). O Pará também é grande exportador de insumos de origem vegetal, como madeira, pimenta e óleos.
Em termos de destino das exportações, a China é o lugar para onde seguem 42% dos produtos da terra. Os chineses compraram 934 milhões de dólares do Pará, majoritariamente minério de ferro. Em seguida, os malaios compraram 184,5 milhões de dólares, enquanto os alemães importaram 128,3 milhões de dólares do Pará. Japão (94,7 milhões de dólares), Omã (74,3 milhões de dólares) e Estados Unidos (69,8 milhões de dólares) completam o time de grandes mercados consumidores da cesta paraense.
Confira o ranking dos 20 produtos mais exportados nos primeiros dois meses de 2019:
1 comentário em “Exportações do Pará totalizam 2,2 bilhões de dólares no primeiro bimestre”
ZE DUDU, Pará vive uma situação muito interessante:
– O estado cresce mais que a maioria dos outros estados e assim continuará;
– Tem vocações diversas, inclusive no turismo;
– Tem uma coluna dorsal (a riqueza mineral) que bem trabalhada pode alavancar áreas diversas, mas mesmo assim tem déficit fiscal.
Indo aos fatos e números de sua análise:
– As exportações são enormes;
– A China responde por quase a metade das exportações.
Não é razoável a política de VERTICALIZAÇÃO MINERAL continuar sem definição. Ela poderá de forma efetiva e significativa gerar empregos em massa e dar condições para o estado mostrar uma nova vocação.
Sendo assim, apesar de tudo que o estado e Marabá já fizeram para um possível projeto Siderúrgico na região, nada de concreto surgiu ainda e lembrando que a VALE agora depende muito mais do Pará. Em MG o cenário é muito incerto em função dos problemas decorridos do acidente em Brumadinho e Pará, por outro lado, cada vez se torna mais eficiente e seguro para um mercado de minério em franca expansão, puxado principalmente pela demanda Chinesa. A produção de aço na China cresce em ritmo acima de 6% aa e isso demanda muito minério.
Existe ingresso de aço Chinês no Brasil. Centenas de milhões de toneladas de minério são exportadas a partir do Pará. Existe capital e investidores Chineses para negócios diversos na América Latina. Existe uma Comissão entre Brasil e China para desenvolvimentos de cooperação (COSBAN) sendo retomada e mesmo assim, não se conseguiu ainda juntar estas pontas.