Exposição revela história de Curionópolis e Serra Pelada

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Exposição Serra PeladaOs frequentadores da Casa do Professor, em Serra Pelada, podem conferir a exposição ‘Recortes de memória, lembranças de histórias’, que retrata o processo de ocupação de Curionópolis e da vila de Serra Pelada, desde a pré-história até a fase atual. A mostra, que ficará no espaço até o dia 19 de maio, é resultado do Programa de Educação Patrimonial Serra Leste, desenvolvido pela Vale em parceria com a Fundação Casa da Cultura de Marabá. Até o momento, mais de 300 pessoas já visitaram a exposição.

Na mostra, os visitantes fazem uma viagem pelo passado, conhecem o perfil, alimentação, modo de vida e os artefatos usados pra sobrevivência dos primeiros habitantes da região – caçadores coletores, que viveram há cerca de 12.000 mil -, dos povos que antecederam a chegada dos portugueses e relembram a história do garimpo no local. E redescobrem também a história de criação de Serra Pelada e de Curionópolis.

Exposição Serra Pelada2O programa de Educação Patrimonial foi iniciado no município em 2013, com a etapa de diagnóstico e, posteriormente, uma série de atividades educativas e oficinas de valorização da história e cultura, voltadas aos professores e estudantes de 20 escolas da rede pública local, seis das quais em Serra Pelada. Na Casa do Professor, alunos que participaram do programa estão atuando como mediadores e orientando o público que visita a exposição.

A antropóloga e arquiteta Mariana Sampaio, da Fundação Casa de Cultura de Marabá, diz que a metodologia utilizada no programa valoriza o que a comunidade identifica como importante e sempre parte da história e modos de vida atuais, para, só numa segunda etapa, trabalhar o passado do lugar. “Mesmo em localidades com pouco tempo de ocupação é importante discutir a história, para que os moradores se vejam como protagonistas e tenham orgulho de sua história de vida”, ressalta Mariana.

A partir do dia 3 de junho, a exposição segue para Curionópolis, no Teatro Municipal da Cidade, onde permanece até o dia 21. Assim como ocorreu em Serra Pelada, nos dias 3 e 4, será realizado evento com programação de dança, teatro e shows, numa exibição do valor da cultura local, marcando o encerramento do trabalho desenvolvido para reviver a história das comunidades, por meio do Programa de Educação Patrimonial.

2 comentários em “Exposição revela história de Curionópolis e Serra Pelada

  1. Pichuleco! Responder

    Aproveitando a carona da exposição interessante aproveito para divulgar o que o blog ver-o-fato publicou, faltando incluir aí a cidade de Parauapebas nesses programas ridículos :

    VIOLAÇÕES DE DIREITOS NA MÍDIA. E BELÉM TEM PROGRAMA POLICIAL NA TV

    Em apenas 30 dias, narrativas de rádio e TV promoveram 4.500 violações de direitos, cometeram 15.761 infrações a leis brasileiras e multilaterais e desrespeitaram 1.962 vezes normas autorregulatórias, como o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros. Esses são alguns dos principais resultados da pesquisa realizada pela ANDI – Comunicação e Direitos, e que será lançada nacionalmente hoje, em meio digital.

    A análise de mídia incidiu sobre 28 programas “policialescos” produzidos em 10 capitais do País, e integra uma ação mais ampla, articulada em torno do “Programa de monitoramento de violações de direitos na mídia brasileira” e desenvolvida em articulação com o Ministério Público Federal e organizações da sociedade civil, como a Artigo 19 e o Intervozes – Coletivo Brasil de Comunicação Social.

    A ação

    A ação foi iniciada em 2013, e abrangeu a construção de uma ferramenta específica de análise de mídia e a realização de um monitoramento piloto, sendo identificados 09 tipos de violações de direitos, produzidas a partir da infração a 11 leis brasileiras, 07 acordos multilaterais e 03 instrumentos de autorregulação como, respectivamente, a Constituição Federal, a Declaração Universal dos Direitos Humanos e o Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros.

    Registrada na publicação “Violações de direitos na mídia brasileira” (volumes I e II), a tecnologia social construída foi aplicada, numa segunda fase, sobre uma amostra mais ampla de programas veiculados entre 2 e 31 de março de 2015 e abarcando as cidades de Belém (PA), Belo Horizonte (MG), Brasília (DF), Campo Grande (MS), Curitiba (PR), Fortaleza (CE), Recife (PE), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA) e São Paulo (SP).

    O monitoramento revelou um volume de violações e infrações que evidencia o caráter não circunstancial das práticas anti-humanistas e antidemocráticas desse modelo de comunicação – além de expor padrões discursivos incompatíveis com a democracia, com ataques reiterados a suas instituições e instrumentos; discursos de ódio contra o campo de defesa dos direitos humanos; e combate público aos parâmetros que regem o exercício da imprensa.

    O livro

    A pesquisa gerou o volume III de “Violações de direitos na mídia brasileira”, editado em meios digital e físico. No livro, os principais resultados do monitoramento são apresentados e analisados, cotejando-se os dados extraídos e quantificados com aportes teóricos e depoimentos de jornalistas, lideranças sociais e especialistas, estimulando a ampliação do debate público sobre um tema de vital importância para a manutenção do capital ético da instituição imprensa e a consolidação do Estado Democrático de Direito.

    Em síntese, os dados empíricos, as reflexões teóricas e os testemunhos reunidos na publicação apontam na direção de um modelo de comunicação híbrido, pautado por interesse comercial, que alia características de propaganda ideológica com elementos de entretenimento. Um modelo que enfrenta a recusa de vários profissionais de imprensa – incluindo alguns dos que se submetem à operação dessas produções.

    Como registrado na “Apresentação”, os insumos construídos, sistematizados e registrados nos três volumes do livro compõem uma tecnologia social que visa facilitar o diálogo entre os atores do vasto e complexo campo da comunicação de massa e os diferentes setores da sociedade brasileira, na perspectiva de promoção da cidadania, do desenvolvimento social e de uma cultura de respeito incondicional aos direitos humanos.

    O lançamento

    O lançamento em meio digital se dará hoje, dia 16. Posteriormente um rol de atividades está planejado para a ampla difusão dos dados da pesquisa, com a realização de conferências, palestras, oficinas, debates e mesas redondas em diferentes espaços e unidades da Federação, oportunamente divulgados pela ANDI e parceiros. A atividade seguinte ocorrerá em 18/05/16, na PUC – Goiás, quando a ação será apresentada na conferência de abertura do Intercom Centro-Oeste 2016.

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