Fakenews quase atrapalha investigação de assassinato

A desinformação que circulava nas redes socias acusava um inocente
Delegado Leandro Ponte: “A criação de fakenews, além de ser crime, atrapalha a investigação”

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Desde o último dia 26 que a Polícia Civil em Marabá vem investigando um assassinato ocorrido em zona boêmia da Nova Marabá. O caso está desvendado, mas uma fakenews quase prejudica o andamento das investigações. Uma pessoa que nada tinha a ver com a situação teve o nome e a imagem divulgados em rede social, gerando constrangimento e transtorno, além de atrapalhar o trabalho da polícia.

Trata-se do rumoroso caso do assassinato de Peterson Evangelista Carneiro, de 19 anos. A Polícia Civil identificou os nomes dos quatro acusados de espancar e matar o jovem barbeiro. Mas, antes disso, o nome de um segurança da casa de shows perto da qual aconteceu o crime circulou em redes sociais como se ele fosse um dos envolvidos do crime.

Isso mexeu com a opinião pública e fez com que muita gente cobrasse da Polícia Civil a prisão do segurança, constrangendo não apenas a ele, mas também ao próprio Departamento de Homicídios, que buscava qualificar os verdadeiros acusados.

Para o delegado Leandro Pontes Oliveira, esse tipo de “informação” acaba atrapalhando a investigação policial. “O local apropriado pra que seja feita toda a investigação, neste caso, é a Delegacia de Homicídios, que prontamente investigou o caso. Isso serve até de exemplo pra população, de que a Polícia Civil aqui em Marabá age de maneira rápida e traz a resposta à sociedade”, afirma.

O delegado acrescenta: “A criação de fakenews, além de ser crime, atrapalha a investigação porque acaba tirando o foco da polícia e acaba estimulando que pessoas façam não justiça, mas ações com as próprias mãos, tentando buscar essa justiça, mas a justiça é feita seguindo a lei”.