Segundo a família da vítima eles querem somente justiça e que Wesley pague pelo crime cometido.
A família de Risolene Silva Barros, assassinada em 1º de setembro de 2017, aos 30 anos de idade, procurou a Reportagem do Blog para protestar publicamente porque, um ano depois, o acusado pelo homicídio, o companheiro dela, Wesley Sodré da Silva, nunca foi preso pelo crime. Na época, o delegado responsável pela investigação, Luiz Antônio Pereira, instaurou inquérito quatro dias depois, em 5 de setembro, e solicitou à Justiça a prisão preventiva do acusado, tendo sido atendido. Wesley, entretanto continua em liberdade.
De acordo com a Polícia Civil, ele fugiu de Redenção, nunca mais foi visto e hoje está na condição de foragido da Justiça. Luzirene da Silva Barros, mãe de Risolene, lamenta o fato e indaga. “Eu queria saber por que o delegado, até hoje, não prendeu o Wesley? Olha para meu sofrimento gente. Eu estou sofrendo, perdi minha filha, eu quero Justiça”.
“Eu só quero justiça, eu não consigo entender, por que, depois de um ano, Wesley continua aí solto. Ele vai matar outras mulheres, assim como ele matou a minha filha”, insiste a mulher, mesmo diante da explicação de que o acusado fugiu e se encontra em lugar incerto e não sabido. “O assassino da minha filha é louco. O maior erro da Risolene foi ter acreditado nele, confiou demais” desabafou Luzirene.
Entenda o caso
De acordo com o Boletim de Ocorrência, registrado na Delegacia de Polícia Civil em 1º de setembro de 2017, Arlene Pereira da Silva, tia de Risolene, disse em depoimento, que no dia do crime, estava na companhia da vítima, quando, por volta das 9h30, elas se deslocaram até o Quitinete Bem Estar, localizado na Avenida Dellys Vilas Boas, no setor Bela Vista, à procura de Wesley. Ao chegar ao local, se depararam com o acusado na cama, com outra mulher.
Diante da cena, Wesley e Risolene começaram a discutir e, no meio do bate-boca, ele sacou de uma pistola prateada e disparou quatro disparos vezes contra Risolene, que morreu na hora, ali mesmo. Após os disparos, ele tomou rumo ignorado.
A Reportagem tentou contato, por telefone, com o delegado Luiz Antônio, que hoje comanda a Delegacia de Polícia Civil de Conceição do Araguaia. Ele disse que o “Caso Risolene” já foi concluído. Confirmou o Mandado de Prisão Preventiva contra Wesley Sodré da Silva e disse que, “a partir de agora está a critério do Judiciário”.