Fazendeiros interditam a PA-275

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A PA-275, que liga Parauapebas à Eldorado dos Carajás está interditada no município de Curionópolis desde o início da manhã desta sexta-feira. Segundo as primeiras informações, desde às 13h de ontem (12) o clima esquentou no acampamento Frei Henri, em Curionópolis. Cerca de 300 famílias de sem terras estão acampados em uma área cuja a posse está sendo discutida na justiça em um processo que já dura três anos.

Cerca de 40 fazendeiros interditaram a PA com paus e pneus. O congestionamento de veículos é grande nesse momento.

MST
Segundo a militante Dora, do MST, ontem, por volta das 13h, houve um chamamento no acampamento para juntar os agricultores para marcar a roça, ato que segundo ela é feito todos os anos. Para tanto, a direção do movimento solta fogos de artifício, o que seria um código para que os acampados se reúnam. Dora conta que quando estavam próximos ao local escolhido para a plantação, cerca de 50 homens, que ela qualificou de “pistoleiros”, começaram a disparar contra os sem terras. Sem ter como se defender, disse a liderança, todos voltaram para o acampamento. Segundo Dora, a noite toda os “pistoleiros” continuaram atirando contra o acampamento e que uma militante teria sido atingida por uma bala que, após ricochetear em uma pedra, teria raspado a perna da militante provocando um pequeno aranhão.

Dora informou ter um documento que supostamente libera a área conhecida como fazendinha para o MST. Segundo informou, tal documento teria sido fornecido pelo Programa Terra Legal, MDA e INCRA.

Fazendeiros
A versão dos fazendeiros que teria motivado a interdição da PA-275 dá conta que, há dias o dono da terra teria recebido a informação de que os acampados iriam invadir a sede da fazenda e que tal ação estava sendo monitorada. Ontem, informou Marcelo Catalão, presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas, por volta das 15 horas, os acampados deram início da sede. Nesse momento o proprietário da área estava no local com outros três amigos e estes se deslocaram para o local, sendo recebidos à bala pelos sem terras. Inconteste, o proprietário, “em defesa do seu direito de propriedade” revidou atirando contra os invasores, que retornaram ao acampamento. Segundo informou o presidente do Siproduz, antes os acampados cortaram várias cercas.

Marcelo Catalão afirma desconhecer o documento citado pela militante Dora que supostamente daria a posse da terra para o MST. “Esta ação está na justiça desde 2010 e ainda não houve uma sentença determinando que A ou B têm a posse da terra”, disse o presidente.

A justiça já determinou a reintegração de posse ao fazendeiro, mas o governo do estado não liberou a tropa para o cumprimento da ordem. A assessoria jurídica do MST recorreu da decisão.

O clima é tenso no local. Não há previsão para a liberação da PA-275.

2 comentários em “Fazendeiros interditam a PA-275

  1. Anônimo Responder

    Será que um dia seremos país de primeiro mundo ? Enquanto existir esse tipo de conflito injusto e desonesto vai ser difícil.

  2. ZE Responder

    Que me perdoem o partidários mas acredito ser essa a triste e trágica herança do PT um partido que deu força aos sem terra, teto….etc.
    Agora oque fico pasmo é com o governo do estado que não sei o porque? demora tanto em cumprir uma ordem de reintegração………..nossa sinceramente acredito que em breve a constituição federal será queimada e Brasil será um país de salve-se quem puder…
    E o direito de ir e vir onde fica neste momento?? quem quer viajar, precisa resolver problemas em Marabá…pegar voos?
    É de indignar qualquer cidadão em sã consciência que para resolver algo relativamente fácil é preciso invadir o direito do outro!!!

    Olha Zé Dudu é muito difícil viver e trabalhar neste Estado…. sofremos muito e se aqui estamos é porque precisamos manter nossas famílias e pagar nossos impostos, mas em troca só levamos porrada…até quando meu amigo?

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