Acaba de ser concluído no Fórum da comarca de Marabá, o julgamento de Marcio Basílio Rocha, que matou a ex-esposa, Eliane de Souza Jorge, em novembro do ano passado. O acusado foi condenado a 21 anos de prisão.
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) atuou no caso do Tribunal do Júri, por meio dos promotores de justiça Samuel Furtado Sobral, que envidou todos os esforços para a instrução processual, e pelo promotor de Justiça Erick Ricardo de Sousa Fernandes, que atuou na acusação durante a sessão do Júri, sustentando a tese de homicídio qualificado e ocultação de cadáver.
“Enfatizo aqui a atuação do também promotor de Justiça Samuel Furtado Sobral, que trabalhou diligentemente durante a instrução do caso, bem como o excelente trabalho realizado pela Polícia Civil, sob o comando da delegada Ana Paula Fernandes de Castro”, destaca Erick.
Revolta e comoção popular, de familiares e amigos marcaram o julgamento durante todo o dia desta terça-feira. A época, o crime gerou bastante comoção na cidade de Marabá, pela crueldade com que Basílio assassinou a ex-esposa, com quem tinha quatro filhos. O feminicídio de Eliane aconteceu em novembro do ano passado. Ela foi morta com vários golpes de faca pelo ex-marido, com quem viveu 20 anos. A vítima ainda teve o corpo escondido, soterrado por troncos e galhos de árvores.
À época do crime, a equipe policial localizou Márcio Bazilio que, após matar e enterrar a mulher, foi internado no Hospital Municipal de Marabá com ferimentos pelo corpo provocados por uma briga com a vítima. Aos policiais, ele alegou que tinha sofrido um acidente logo após se encontrar pela última vez com a ex-esposa. Após conversar com o acusado, a equipe policial iniciou as investigações para localizar o paradeiro de Eliane de Souza.
Sem sucesso, os policiais retornaram ao hospital para contestar as diversas contradições encontradas na versão apresentada por Bazilio. O acusado acabou confessando o crime e levou os policiais até o local onde estava o corpo da vítima.
A defesa do acusado ficou a cargo do advogado criminalista Erivaldo Santis, que sustentou a tese de homicídio simples. O advogado pretende recorrer da decisão, visando uma diminuição de pena do acusado.