FENABAN propõe 7,5% de reajuste e greve dos bancos pode acabar amanhã

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A nova proposta de reajuste de 7,5% apresentada ontem aos representantes dos bancários pela Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) pode acabar com a greve da categoria, que já dura 13 dias. Movimento afeta mais de 8 mil agências no país

Segundo a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), pela proposta o aumento real será de 3,08% para quem ganha até R$ 5.250. Já aqueles com salários acima desse valor podem optar pelo mais vantajoso: aumento fixo de R$ 393,75, ou 4,29% a título de reposição da inflação.
Em geral, os 7,5% também serão aplicados nos benefícios, como vale-refeição e outros.

Para o piso salarial, a proposta é elevar de R$ 1.074,46 para R$ 1.250, reajuste de 16,33%. A Participação nos Lucros e Resultados (PLR), que tem regra básica de 90% do salário mais adicional, terá 14,28% de aumento no adicional, com teto ampliado de R$ 2.100 para R$ 2.400.

— A proposta avançou. Tem aumento real maior, valorização do piso e melhora no adicional da PLR — destaca o presidente da Contraf-CUT, Carlos Cordeiro, lembrando que a proposta será avaliada pelos trabalhadores em assembleias em todo país amanhã.  A expectativa é boa. Mas até lá, o movimento será mantido — afirmou o dirigente sindical, referindo-se à greve que atingiu ontem mais de 8 mil agências em todo o país.

Apesar de sinalizar uma possível aprovação das cláusulas econômicas para os 470 mil bancários públicos e de instituições privadas no país, a negociação de ontem se alongou durante a tarde. Além da discussão específica sobre a convenção coletiva de bancos públicos, como Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal, as partes negociaram cláusulas sobre fim do assédio moral e maior segurança nas agências.
A Fenaban confirmou, em comunicado, que a nova proposta apresentada na reunião de ontem tem como objetivo “o fechamento da convenção coletiva 2010/2011”. Com data-base em 1ode setembro e em greve desde o último dia 29, a categoria, que a princípio reivindicava 11% de reajuste, rejeitou a proposta de 6,5% que os bancos apresentaram no sábado. A primeira oferta, que levou os bancários à paralisação, era repor a inflação em 4,29%.

Para bancários de SP, novo aumento real é histórico Pelos cálculos da Contraf-CUT, os 6,5% eram insuficientes, pois limitavam o reajuste para os salários até R$ 4.100. Já quem ganha acima do valor teria reajuste fixo de R$ 265,60 — um percentual abaixo da inflação para salários maiores que R$ 6.212.
Para os bancários de São Paulo e Osasco, o aumento real de 3,08% é histórico, o maior em sete anos seguidos de reajustes reais.

— Mas os trabalhadores definirão em assembleia se aceitam a proposta — diz a presidente do sindicato, Juvandia Moreira

Fonte: O Globo

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