Embora as regras do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) sejam bem claras e publicadas com bastante antecedência e uma delas diga que o candidato não pode entrar com acessório algum nas salas, ainda há quem queira criar as próprias regras e acaba se dando mal.
Foi o caso do candidato Júlio Henrique, 27 anos, neste domingo (3), que, sob a desculpa de que seu celular, um iPhone, não pode ser desmontado, não colocou o aparelho no saco de plástico. Simplesmente desligou e colocou no bolso da calça, sob o olhar complacente da fiscal.
Em casos como esse, o correto, segundo as instruções passadas às pessoas que vão fiscalizar o exame, no caso de não poder desmontar o aparelho, o candidato deve desativar todos os alarmes, desligar o celular e deixar no saco de plástico.
Por causa disso, ele, ao sair para o banheiro, já quase final da prova, avisou ao fiscal que portava um detector de metal, que estava com o celular no bolso, mas que estava desligado. De nada adiantou a defesa prévia. Foi desclassificado na mesma hora.
Porém, se achando com razão, recorreu à Polícia Civil e foi registrar Boletim de Ocorrência para, segundo ele, recorrer à Justiça a fim de validar a prova ou ter reembolsado o valor da inscrição. Foi o terceiro erro: recebeu voz de prisão na mesma hora, acusado de tentar burlar o exame.
Após prestar depoimento ao delegado de plantão, José Euclides Aquino, recolheu o valor dois salários mínimos, a título de fiança (R$ 1.996,00), para não ficar preso e vai responder ao processo em liberdade, segundo Aquino.
Júlio alega que não agiu de má fé, tenta culpar a fiscal, por não ter recolhido também o celular, já que guardou outros objetos de metal que ele portava, afirma que está concluindo a faculdade de Engenharia e que só faltava responder cinco questões da prova, reafirmando que vai recorrer.
No site do Enem a regra é bem clara: “Dispositivos eletrônicos como celulares, tablets, agendas eletrônicas, ipods, pendrives e outros equipamentos não são permitidos. O candidato não pode nem mesmo usar um simples relógio nos dias da realização das provas.”
(Caetano Silva)