Após receber várias denúncias, agentes do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade), sob o comando do chefe do Parque Nacional dos Campos Ferruginosos, Manoel Delvo Bezerra dos Santos, montaram campana para fiscalizar a atividade predatória na unidade de conservação localizada entre os municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás. Eles acabaram flagrando grupos de pescadores praticando a atividade ilegal naquela região.
“Nós realizamos uma atividade fiscalizatória, porque estávamos recebendo muitas denúncias de pesca predatória no interior do parque. Foram feitas três abordagens e os pescadores ainda não tinham entrado na área, não tinham pescado ainda, estavam com os materiais, os quais foram recolhidos e devolvidos posteriormente com algumas orientações relacionadas ao parque e às proibições que a unidade prevê”, relatou o analista ambiental.
Nas abordagens seguintes os fiscais conseguiram apreender aproximadamente 40 quilos de peixe das espécies: piau, curimatã, surubim, pacu, piranha, acará e bagre, entre outros. A pesca no Parque Nacional é proibida para pescadores profissionais e amadores que não integram as comunidades tradicionais (indígenas, ribeirinhos e quilombolas).
Além do material apreendido, os fiscais também confiscaram, uma espingarda cartucheira municiada, um barco e materiais considerados ilegais para a atividade no interior da unidade. Os quatro pescadores, que eram de Parauapebas, foram autuados em flagrante.
“O Parque Nacional dos Campos Ferruginosos é uma Unidade de Conservação de proteção integral, não permite uso direto dos recursos. Então, a pesca é proibida, a exceção são comunidades tradicionais. Autuamos quatro pescadores que estavam retornando da atividade, e tinham aproximadamente 40 quilos de peixes em caixas de isopor. Eles usavam rede malhadeira e uma espingarda cartucheira com 12 cartuchos intactos. O barco foi apreendido assim como todos os apetrechos de pesca”, contou.
Os peixes apreendidos foram encaminhados para a Agência de Desenvolvimento Econômico e Social de Canaã dos Carajás. Em seguida foram distribuídos entre a comunidade carente.