A Vale informa que a estrada de ferro Carajás permanece bloqueada pelos manifestantes da Frente Nacional de Luta (FNL). Somente a portaria de Carajás e a rodovia Faruk Salmen foram liberadas pelo movimento no início da tarde de hoje, 28/11. A interdição provoca impactos às operações em Parauapebas e também em Canaã dos Carajás e traz prejuízos à região e à população local. O trem de passageiros permanece suspenso. Os manifestantes interditaram esses locais desde a madrugada de segunda-feira, 27/11.
Com os dois dias de interdição, o município de Parauapebas deixa de arrecadar cerca de R$ 1,5 milhão de CFEM – Contribuição Financeira pela Exploração Mineral (CFEM) paga pelas empresas mineradoras. O valor é repassado ao Estado, Distrito Federal, Municípios e aos órgãos da administração da União, para aplicação em ações em benefício da população. As operações em Carajás e no S11D só poderão ser retomadas após a liberação da ferrovia, tendo em vista que não há mais área para estoque do minério.
A permanência da interdição na ferrovia prejudica mais de 1.300 pessoas que diariamente usam o transporte ferroviário. A ação impacta ainda as cidades do Sul e Sudeste paraense, com a possibilidade de problemas no abastecimento de combustível, que é transportado pela ferrovia, além de provocar a queda na arrecadação municipal e a insegurança na implantação de novos empreendimentos na região.
A Vale repudia veementemente a ação criminosa e ilegal da Frente Nacional de Luta (FNL) e refuta as afirmações feitas por integrantes do movimento. Em nenhum momento, a empresa fez acordos com a FNL, como informado pelo movimento. A pauta de reivindicações foi acolhida pelos órgãos públicos competentes que, inclusive, reuniam-se com o grupo em encontros mensais, o que torna ainda mais injustificável a ação intempestiva da FNL.
Sobre o trem de passageiros
Com a interdição, a ferrovia permanece paralisada e o trem continua suspenso. Mais informações podem ser obtidas no Alô Ferrovias: 0800 285 7000.