O dia foi de alta tensão para os membros da família Barbosa, no Bairro Marabá Pioneira, em Marabá. Primeiro foi a prisão do jovem Pedro Ian Souza Barbosa, acusado de falsificar diploma e histórico escolar do ensino médio e vender para interessados. Junto com Pedro Ian caiu seu comparsa, Aron Jones Santos Malaquias. Os dois foram levados para a Seccional Urbana da Nova Marabá.
Horas depois, com a intenção de advogar e apresentar argumentos convincentes em favor do filho, o pai de Ian, Ederson Barbosa da Silva, popularmente conhecido como “Aranha”, foi à delegacia durante o procedimento policial e pediu informações sobre a situação do rapaz.
O delegado que conduziu a investigação, Elcio Fideles de Deus, da Polícia Civil de Marabá, consultou o nome do genitor no Sinesp (Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública) e descobriu um mandado de prisão da Justiça Federal contra ele pelo crime de roubo, previsto no Artigo 157 do Código Penal Brasileiro. Com isso, pai e filho acabaram ficando presos e foram conduzidos para o CRAMA (Centro de Recuperação Agrícola Mariano Antunes).
A prisão de ambos aconteceu nesta quarta-feira, dia 6. Aron Jones e Pedro Ian estariam realizando a confecção e venda de histórico escolar e de certificados falsos de conclusão de Ensino Médio. Com eles, a polícia apreendeu carimbos, certificados, históricos escolares e material para a confecção de novos documentos falsos.
O delegado Timóteo de Oliveira Soares, que estava de plantão no momento da apresentação dos acusados, falou da possibilidade de servidores de escolas de Marabá serem ouvidos para que a polícia tenha uma noção do alcance do crime. “A gente ainda não tem a dimensão da extensão desse crime”, reafirma o policial.
De acordo com informações repassadas pelo delegado Elcio Fideles, tudo começou após o recebimento de uma denúncia da venda dos documentos falsos na Marabá Pioneira. Daí em diante, os policiais colheram informações e chegaram até Pedro Ian, que foi flagrado com alguns documentos falsificados e delatou seu comparsa.
Ao ser questionado pelos policiais, o acusado admitiu que se tratava de histórico escolar falso e de certificados igualmente falsificados de conclusão de Ensino Médio, e em seguida entregou o comparsa Aron Jones, que teria sido o autor da falsificação.
Com essa informação, a Polícia Civil armou a famosa “casinha” para Aron Jones, que foi surpreendido em casa no momento em que iria receber o dinheiro pela documentação falsificada, que foi emitida em nome da Escola de Ensino Médio Plínio Pinheiro, a mais antiga de Marabá.