Ao sair da Vale, além de perder o prestígio de comandar a maior empresa privada do país e a segunda mais importante mineradora do planeta, seu atual presidente, Roger Agnelli, deixará de receber uma remuneração anual estimada em mais de R$ 15 milhões.
Para 2010, a Vale projetou gastos de R$ 73,8 milhões em remunerações para a diretoria-executiva -ou R$ 9,2 milhões para cada um dos oito integrantes. Isso se a divisão fosse igualitária, o que não acontece, pois depende de algumas variáveis.
As despesas exatas com a folha de pagamento do primeiro escalão da companhia no ano passado não foram divulgadas ainda. Em 2009, os gastos ficaram em R$ 43 milhões, o correspondente a R$ 7,2 milhões para cada um dos seis diretores-executivos que comandavam a empresa em 2009. Em 2010, a Vale criou mais duas diretorias.
A empresa não informa separadamente os rendimentos de seus diretores. Divulga apenas o conjunto das despesas com salários, bônus e afins para a diretoria-executiva. Na presidência, Agnelli abocanha a maior fatia dos rendimentos destinados à diretoria. Agentes do mercado estimam que ele tenha recebido mais de R$ 15 milhões. Entre as suas regalias, estão dois jatinhos e um helicóptero à disposição. Uma parte da remuneração é fixa (32% em 2009) e outras dependem dos resultados (44%) e ações (9,3%)
Em reunião realizada ontem, os representantes do Conselho de Administração da Vale não trataram da substituição do presidente da mineradora nem da indicação do diretor Tito Martins (Metais Básicos) para o cargo de presidente. José Ricardo Sasseron, conselheiro indicado pela Previ, disse que o tema não estava na pauta da reunião e que somente no dia 19 deve ser apreciado.
Fonte: Folha de São Paulo