Cláudio da Silva Dias, que no último dia 20 de janeiro atirou no policial civil Fagner Marcelo Franco, na Fazenda Santa Helena, em Rondon do Pará, morreu na manhã desta sexta-feira (21). Ele atirou em policiais militares que tentavam prendê-lo em outra fazenda, no mesmo município, onde ele estava escondido e teve reposta à altura.
Há um mês e um dia, a Polícia Civil recebeu denúncia dando conta de que Cláudio mantinha em cárcere privado a mulher dele e os cinco filhos do casal, inclusive lhe negando alimentação.
Ao chegar ao local, os policiais civis constataram que a denúncia era verdadeira e resgataram a mulher e as crianças, todos com medo das ameaças de morte que sofriam e debilitados por estarem passando fome havia vários dias.
Quando todos se retiravam do local, em carros da Polícia Civil, Cláudio Dias saiu do mato e atirou contra o veículo policial, atingindo o investigador Fagner Franco no braço direito e no peito. O policial foi hospitalizado, passou por delicada cirurgia e, por pouco não morre.
No mesmo dia, Superintendência Regional de Polícia Civil do Sudeste do Pará montou força-tarefa para localizar e prender Cláudio. Participaram da ação 20 policiais civis, os quais, após várias semanas de investigação, descobriram que Cláudio da Silva Dias não havia saído de Rondon, estava escondido em outra fazenda.
A Superintendência, então, organizou hoje uma operação da qual participaram 16 policiais civis da 10ª RISP (Região Integrada de Segurança Pública) e seis policiais militares da Cime (Companhia Independente de Missões Especiais) de Marabá e da 11ª CIPM (Companhia Independente de Polícia Militar) de Rondon do Pará.
Na operação, foi realizado o cerco à fazenda de aproximadamente 40 alqueires. Quando chegou à área e percebeu a presença policial, Cláudio correu para um matagal e atirou em direção dos policiais civis e militares.
Para repelir a agressão, a polícia fez um único disparo na direção do local em que Cláudio estava, o atingindo mortalmente. De acordo com o relato policial, o homem ainda chegou a ser socorrido, mas não resistiu aos ferimentos e morreu. Com ele foi encontrado um revólver calibre 38, com cinco munições intactas e uma deflagrada.
Em 2015, Cláudio matou uma pessoa e tentou matar outra. Foi julgado e condenado em 2018 a 20 anos de prisão, mas nunca foi preso, sendo considerado foragido da Justiça.