Um total de 90 profissionais, entre militares do Corpo de Bombeiros e Coordenadoria Estadual de Defesa Civil, bombeiros civis do Instituto de Desenvolvimento Florestal e Biodiversidade (Ideflor), além do Exército Brasileiro e Força Nacional, atuam para reduzir o fogo que atingiu o Parque Estadual Serra das Andorinhas/Martírios (PESAM) há uma semana. O incêndio teve início no domingo, dia 9 de outubro, e não foi devidamente controlado até o momento. O parque possui 294 km² de extensão e está localizado no município de São Geraldo do Araguaia, sul do Pará.
De acordo com informações do governo do estado, duas aeronaves – do Tocantins e do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp) – realizam sobrevoos com um equipamento que capta a água do rio e lança sobre os focos de incêndio, o que colabora para a redução das chamas mais graves. “Além disso, essas aeronaves contribuem para o deslocamento da tropa até os pontos de combate que são de difícil acesso,” explica nota.
Ainda segundo o governo, a mancha de fogo é grande, porém, com as estratégias adotadas e o auxílio das aeronaves, seu avanço logo será contido e será feito o controle do incêndio.
Quando as chamas se iniciaram, foram detectados apenas seis focos, mas ao avançarem sobre o parque, chegaram a ser catalogados pelo menos 32 focos de incêndio, conforme Douglas Costa, membro do Conselho Gestor do parque. A julgar pela disposição dos primeiros focos de incêndio, explica ele, o fogo pode ter sido provocado de forma criminosa.
Fatalidade
O fogo se alastrou também na direção da BR-153, que corta o parque, atingindo não só a vegetação que margeia a pista de rolamento da estrada federal, como também a própria via, que foi tomada pelo fogo e uma fumaça densa, a ponto de causar um acidente fatal.
O motociclista Francisco Pedrosa dos Santos, de 81 anos, se arriscou a passar pela cortina de fumaça e fogo, na altura da Vila Bandinha, a 10 km da entrada de São Geraldo, quando colidiu com uma van que viajava em sentido contrário. Ele morreu carbonizado.