Com a mudança da gestão do Hospital Regional de Marabá, a empresa Pró-Saúde, que administrou por 17 anos a casa de saúde, saiu para entrar o Instituto de Saúde Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA). Com isso, aproximadamente 600 funcionários aguardam receber 14 dias trabalhados do mês de abril e a rescisão do contrato de trabalho, que pode chegar a R$ 13 milhões.
Pelas redes sociais e por grupos de mensagens de texto, uma convocação está sendo feita para que todos os ex-funcionários da Pró-Saúde se reúnam em frente ao 11º Centro Regional da Secretaria de Saúde Pública do Pará, em Marabá, para questionar seus direitos e as verbas rescisórias que não foram pagas. O ato será nesta quarta-feira, 10, a partir das 7h30.
“Não queremos nada além do que é nosso pro direito”, diz o comunicado.
A reportagem entrou em contato com a Comunicação da Pró-Saúde e em nota a Organização Social afirma que aguarda o repasse de recursos da Sespa para efetuar o pagamento das verbas rescisórias aos ex-funcionários que atuaram no Hospital Regional.
“O pagamento depende de decisão definitiva da justiça, uma vez que a Sespa solicitou autorização para realizar os depósitos judicialmente”.
A Pró-Saúde destaca, ainda, que realizou inúmeras reuniões com seus ex-funcionários para deixá-los cientes sobre a responsabilidade pelo pagamento e o trâmite necessário, conforme registrado em atas e listas de presença.
O contrato de gestão prevê que os valores referentes às verbas rescisórias, incluindo a multa do FGTS, são de responsabilidade financeira do Governo do Estado do Pará.
Como sempre ocorreu em seus contratos de gestão no Pará, a Pró-Saúde cumpre com seu compromisso em priorizar o pagamento dos salários dos funcionários, com histórico de pagamentos em dia, mediante o repasse de seu contratante.
Desta forma, o pagamento das verbas destinadas aos colaboradores do Hospital Regional do Sudeste do Pará aguarda o desfecho por parte do judiciário”, finaliza a nota.
Segundo ex-funcionários da Pró-Saúde, a empresa simplesmente não responde nenhum questionamento. Centenas de pessoas estão se sentido prejudicadas, lesadas e em uma situação de abandono, sem dinheiro para pagar as contas de casa.
A Reportagem enviou e-mail à Assessoria da Sespa no início da manhã desta terça-feira, solicitando um posicionamento sobre o assunto, mas até o momento não houve resposta.