O consumo nas classes C e D sofreu uma queda de 11% do Pará em setembro, em comparação a agosto, segundo a Pesquisa de Hábitos de Consumo da Superdigital, fintech do Grupo Santander. O recuo foi uma tendência nacional, já que o país registrou em geral um decréscimo nos gastos de 4%.
Os paraenses, porém, apresentaram em setembro uma tendência oposta da média nacional no consumo, que observou uma recuperação mais significativa nos gastos na área de viagens, puxado por Companhias Aéreas (13%) e Hotéis e Motéis (8%). No Pará, ambos os segmentos tiveram recuo no consumo de 46% e 31%, respectivamente. Os demais decréscimos ocorreram em Automóveis e Veículos (-28%), Serviços (-28%), Rede Online (-15%) e Lojas de Artigos Diversos (-14%).
Em contrapartida, os setores que se destacaram com alta no Pará foram: Diversão e Entretenimento (14%), Telecomunicações (7%) e Lojas de Roupas (7%). Todas as regiões registraram queda, puxadas pelo Norte (-8%) e Nordeste (-7%). O Sul recuou 4%; o Sudeste, 3%; e o Centro-Oeste, 1%.
De acordo com Luciana Godoy, CEO da Superdigital, “as pessoas estão mais confortáveis e confiantes para voltarem a viajar. De fato, por conta da pandemia, muitas viagens foram adiadas e, com o avanço da vacinação e a queda no número de contaminados, é normal que a população retome as viagens e os planos que foram adiados em 2020 e primeiro semestre de 2021”, afirma ela.
No âmbito nacional, os demais setores que mostraram recuperação no consumo foram Diversão e Entretenimento (3%), Telecomunicações (2%), Transporte (1%) e Combustíveis (1%). Na outra ponta, os gastos que mais caíram foram Rede Online (-7%), Automóveis e Veículos (-6%), Lojas De Roupas (-5), Lojas de Artigos Diversos (-3%) e Prestadores de Serviços (-3%).
O levantamento mostra também que o principal gasto do orçamento das famílias é com Supermercados (37%), seguido de Restaurantes (12%) e Lojas de Artigos Diversos (11%).
Em setembro, 84% dos gastos foram feitos presencialmente, o que representa um ponto percentual a mais em comparação a agosto e 3 pontos a mais que junho. Em relação ao ticket médio, houve aumento significativo nos setores de Companhias Aéreas (24%), Hotéis e Motéis (11%), Transportes (5%) e Diversão e Entretenimento (5%).
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