Equipes que compõe o Gabinete de Gestão Operacional (GGO), da Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup,) dentro do programa estadual Territórios pela Paz (TerPaz), começaram, esta semana, a discutir com os governos municipais de Canaã dos Carajás e Parauapebas, na região sudeste do estado, a interiorização do programa. Os dois municípios irão receber, até o final deste ano, o complexo de cidadania e segurança Usina da Paz, que estão em fase de construção.
O GGO está ouvindo demandas dos municípios dentro do processo de interiorização do programa. Segundo o coordenador do Gabinete de Gestão Operacional do TerPaz, Luciano Oliveira, a primeira fase do TerPaz corresponde ao choque operacional, com base no levantamento das áreas e a realização do policiamento ostensivo.
Em seguida, acontece a transversalidade entre os eixos de Segurança Pública e Social, com definição de três vertentes: defesa social, prevenção e repressão qualificada. Ele destaca que esse momento de apresentação do programa para os comandos dos dois municípios é importante para a interiorização das práticas adotadas, que já obtiveram êxito na Região Metropolitana de Belém. “Servirá para que esses gestores possam se apropriar dessa metodologia e apresentar sugestões, para definirmos um plano de trabalho, especialmente voltado e adequado para a realidade de Canaã e Parauapebas”, observou Luciano Oliveira.
A expectativa é implementar o plano no segundo semestre, antes das entregas das obras. “Trabalhamos com a ideia de que quando as Usinas forem inauguradas já estejamos implementando os planos. O ideal é que, com as ações planejadas sendo efetivamente desenvolvidas nas respectivas áreas, as Usinas chegarão com as ações de segurança pública, especialmente, já em pleno desenvolvimento”, acrescentou o coordenador.
Ele detalha que o plano tático e operacional definirá a atuação de cada órgão do sistema de segurança. A elaboração do plano, prevista para agosto próximo, levará em consideração o estudo dos índices de violência do município, da escuta da rede local e dos agentes das forças policiais nos municípios.
Para o 1º tenente PM Rafael Guimarães, do 17º Pelotão Policial Destacado, que atua em Canaã dos Carajás, com vinculação ao 23º Batalhão de Polícia Militar, o trabalho integrado deve trazer grande retorno à região. “Essa articulação do governo do estado trará, sem dúvida, bons resultados em longo, médio e curto prazo”, enfatizou o tenente.
O oficial acrescentou que o momento de escuta das forças locais fortalecerá o plano estratégico tático e operacional. “Nesse momento de escuta, conseguimos aliar os dados à nossa experiência de rua e, assim, articular com maior precisão o apoio para a nossa região. Estamos com grandes expectativas para contribuir bastante com os trabalhos”, destacou Rafael Guimaraes
Para o delegado Thiago Carneiro, superintendente da Polícia Civil Regional Sudeste, responsável por Marabá, Parauapebas e Canaã dos Carajás, que serão contemplados com a Usina da Paz, a explanação sobre o projeto é importante para os dirigentes implementarem seus projetos e, ainda, para alcançar o principal objetivo, que é a redução da criminalidade. “Estamos numa região atípica. A região de Parauapebas tem agravantes, que é o roubo a banco e questões agrárias. Então, com certeza, iremos nos adequar e contribuir para que o projeto dê certo”, enfatiza o delegado.
Na terça-feira (6), pela manhã, o Gabinete de Gestão Operacional, a Câmara Técnica Intersetorial do Programa TerPaz e representantes da administração pública estiveram na sede da Secretaria de Educação Municipal de Canaã dos Carajás para apresentação do programa, destacando a gestão das Usinas e o trabalho da segurança pública. À tarde, houve uma visita às obras da Usina em Canaã, na área central do município, que tem previsão de entrega em dezembro deste ano. Nesta quarta-feira (7), os representantes do GGO estiveram no canteiro de obras da Usina em Parauapebas, com previsão de entrega para setembro próximo.
Tina DeBord