A Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), através do Gabinete de Gestão Operacional (GGO), que atua dentro do programa estadual Territórios pela Paz (TerPaz), realizou, nesta quarta-feira (15), oficinas para as forças de segurança pública dos municípios de Parauapebas e Canaã dos Carajás, que irão receber, ainda este ano, unidades da Usinas da Paz (UsiPaz).
As oficinas, que foram realizadas no auditório do 23º Batalhão de Polícia Militar, em Parauapebas, visaram à construção do Plano de Ação Integrada TerPaz. O plano define a atuação de cada órgão do sistema de segurança na UsiPaz e leva em consideração o estudo dos índices de violência de cada município, a escuta da rede local e dos agentes das forças de segurança no município.
Durante as atividades foi apresentada a metodologia para elaboração do plano, que estabelece três vertentes: Repressão Qualificada, Prevenção Policial e Defesa Social. Segundo o coordenador do GGO, Luciano Oliveira, os itens são relacionados aos indicadores de crimes de maior ocorrência específicos em cada município.
“Com essas oficinas, colhemos as experiências, percepções e as indicações de necessidades e de ações dos gestores de segurança pública. A partir daí, construímos um plano de ação que contempla essas indicações e outros pontos que acreditamos ser relevantes, de acordo com as diretrizes macro da política pública Territórios pela Paz”, explicou Luciano.
Segundo ele, após a elaboração do plano, o material deve retornar às instituições com as ações definidas, para que cada uma defina como colocar em prática. O GGO fará a avaliação e o acompanhamento dos processos.
“Vamos analisar os índices de criminalidade das áreas, sempre comparando com períodos anteriores, que são usados como referência. O Gabinete vai reunir e buscar correções, realinhamentos e aprimoramentos, até que se tenha a tão esperada redução dos índices de criminalidade nessas áreas”, frisou o coordenador.
Trabalho integrado – No período da tarde, as equipes, divididas em três grupos, se dedicaram à elaboração do plano, apontando fatores de influência, ações, locais, responsáveis e recursos para solução dos problemas. O coordenador das oficinas e da Diprev, coronel CBM Helton Morais, reforçou a participação das forças locais para a criação da matriz de ações que complementará a ação social dentro das diretrizes do TerPaz.
“Nós não trouxemos a pedra fundamental da resolução dos problemas. Nós estamos apresentando apenas uma ferramenta metodológica. O conteúdo é dos agentes. Dessa forma, eles se apropriam da problemática local, propondo as soluções, e nós ofertamos o suporte, inclusive logístico, para isso”, pontuou o coronel.
Na avaliação do comandante do 17º pelotão da Polícia Militar em Canaã dos Carajás, 1º tenente Rafael Guimarães, a integração entre as forças é o grande diferencial nesse projeto. “Trata-se de uma integração institucionalizada, e não apenas uma integração entre o delegado, comandante dos Bombeiros e o comandante da Polícia Militar”, enfatizou Guimarães.
Segundo o GGO, ainda na busca da integração, o plano prevê a ação conjunta de órgãos que não estão diretamente ligados ao combate à criminalidade, como os departamentos de trânsito. Lotado em Parauapebas, o agente de trânsito Max Rodrigues ressaltou a importância da iniciativa.
“Apesar de não estarmos ligados diretamente ao combate à criminalidade, podemos, sim, ser um braço da própria Polícia Militar e da Polícia Civil, uma vez que estamos nas ruas para coibir as ações voltadas ao crime de trânsito, mas também identificando ações criminosas e acionando os órgãos competentes”, salientou o agente.
Usina: A Usina da Paz é um projeto elaborado pelo Governo do Pará e coordenado pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), em parceria com a iniciativa privada. A meta é a construção de 10 Usinas na Região Metropolitana de Belém e no sudeste do estado. As obras são executadas em parceria com as mineradoras Vale e Hydro, que arcam integralmente com os custos das obras.
O governo não receberá nenhum recurso financeiro das empresas. As Usinas serão entregues prontas e equipadas para a gestão pública.
Tina DeBord- com informações da Segup
Fotos: Segup