Mesmo afastado do cargo de prefeito pela justiça no último dia 8 de novembro, sob acusação de contratação de temporários, Darci Lermen segue rendendo bons frutos: ele reposicionou Parauapebas entre os 25 municípios brasileiros que mais geram empregos com carteira assinada do Brasil. No mês passado, outubro, a Capital do Minério criou 1.033 oportunidades líquidas, entre contratações e demissões, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgados ontem (29) pelo Ministério do Trabalho.

As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu e trazem Darci como “culpado” pela excelente fase de enxurrada de empregos por que atualmente passa Parauapebas, mesmo em um ano de cenário financeiro adverso para o município, devido à queda na receita local derivada da baixa na cotação internacional do minério de ferro, sua principal fonte de renda.

O Caged de outubro colheu os frutos de investimentos da administração municipal em obras civis iniciadas ou aceleradas nos meses anteriores, o que gerou um volume exponencial de contratações na área de infraestrutura. As intervenções do Programa de Saneamento Ambiental de Parauapebas (Prosap), que ganham impulso em novas frentes de trabalho, e os serviços de asfalto na zona rural ajudam a explicar o “boom” de admissões.

Como resultado, Darci conseguiu colocar a Capital do Minério como o 1º do Pará e o 24º município do Brasil que mais gerou postos de trabalho formais no mês passado. Em setembro, Parauapebas já havia registrado 775 postos de saldo. Os ótimos números mostram que a chama do mercado de trabalho local reacendeu, o que tira do maior produtor de minério do país o peso de ter sido, em março, campeão nacional de demissões, após um início de ano ruim e com prognóstico desafiador.

Emprego mais fácil que nas capitais

O Blog do Zé Dudu levantou que a Capital do Minério gerou mais empregos com registro em carteira no mês passado que 13 capitais estaduais. No comparativo de novos empregos (ou saldo líquido) em relação ao tamanho populacional, Parauapebas ganha de todas as 27 capitais porque o município conseguiu gerar em outubro um novo posto de trabalho formal para cada grupo de 212 habitantes, enquanto a capital com o melhor desempenho, Cuiabá, gerou um emprego para cada 479 moradores.

De forma didática, é possível garantir, com base nos dados do Caged de outubro, que o grau de dificuldade para se empregar em Cuiabá é mais que o dobro de Parauapebas. Além disso, proporcionalmente ao tamanho de sua população, Parauapebas gera mais empregos que São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo Horizonte, Curitiba e Goiânia, com folga.

Belém, única capital a registrar mais demissões que contratações em outubro (e também a 4ª cidade brasileira que mais desempregou), teve comportamento oposto: por lá, viu-se uma nova demissão a cada grupo de 1.683 moradores. Confira o comparativo: