O pedido foi feito pela Procuradoria Geral do estado na última sexta-feira. De acordo com o governo, a decisão de recorrer à Justiça foi tomada devido as recusas do Sintepp, o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará, das propostas apresentadas nas reuniões de negociação para o fim da paralisação.
De acordo com o governo, já tinha sido sinalizado que duas das principais reivindicações da categoria seriam atendidas: a garantia do piso nacional do magistério e a implantação da jornada integral de trabalho com adicional de um terço de hora atividade. Ainda assim, os trabalhadores decidiram por manter a paralisação.
Para o Procurador Geral do estado, Antônio Sabóia, recorrer a Justiça tornou-se inevitável. Ele afirma, ainda, que a volta dos trabalhadores para as escolas não pode estar vinculada a reforma das unidades. Ao desviar o foco das melhorias salariais, o movimento perderia a legitimidade.
Além da declaração da abusividade, será pedido liminarmente o corte dos salários pelos dias parados e multa de 100 mil por dia. Com essas medidas, os manifestantes ficarão proibidos de ocupar prédios públicos, obstruir vias ou impedir a entrada nas escolas de professores que não aderiram ao movimento ou que decidirem suspender a greve.
A paralisação dos servidores da educação do Pará começou no dia 24 de março. De acordo com informações do Sintepp, 113 municípios aderiram a mobilização. Com informações da EBC.