O governador Helder Barbalho assinou decreto que proíbe a entrada de embarcações que saíram do estado do Amazonas a partir desta quinta-feira (14). A nova medida foi tomada para evitar a proliferação da Covid-19 no Pará, depois que a média móvel de mortes em Manaus aumentou em 183% nos últimos sete dias.

A proibição também foi estendida para os transportes terrestres. “Estamos publicando o ajuste ao decreto para incluir também o transporte terrestre, particularmente na Belém/Brasília, no trecho de Jacareacanga, onde existe uma ligação terrestre ligando o Pará ao Amazonas,” destacou Helder.

Aeroportos  

De acordo com ele, foram solicitadas à Infraero e à Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC) informações quanto às medidas urgentes de prevenção ao novo coronavírus em voos vindos do Amazonas em direção ao Pará. 

“O transporte aéreo é de estrita responsabilidade do Governo Federal, por meio da Agência Nacional de Aviação Civil. Nós não temos controle sobre o transporte comercial aéreo. No dia de hoje, eu enviei para a Infraero e para a ANAC pedido de respostas emergenciais de quais providências estão sendo feitas nos aeroportos que possuem voos originários de Manaus, do estado do Amazonas, para o nosso estado. Para que, com essas informações, nós possamos tomar as decisões necessárias,” disse.

O governador também solicitou detalhes dos procedimentos que estão sendo realizados nos aeroportos paraenses. Ofícios foram enviados ao Aeroporto Internacional de Belém/Val-de-Cans – Júlio Cezar Ribeiro, Aeroporto Internacional de Santarém – Maestro Wilson Fonseca, Aeroporto Interestadual de Altamira, Aeroporto de Marabá – João Correa da Rocha, Aeroporto de Carajás/Parauapebas e ao Aeroporto Belém Brigadeiro Protásio, na capital.

A medida anunciada pelo Governo do Pará ocorre no momento em que o número de sepultamentos em Manaus cresceu mais de 190% em um mês, além do aumento de infectados pela doença no Amazonas. Por causa do aumento dos casos de Covid-19, o prefeito de Manaus, David Almeida, decretou estado de emergência em Manaus pelo período de 180 dias para conter o avanço da pandemia na capital amazonense.

Por Dayse Gomes – com informações da Agência Pará