Por Dayse Gomes
Cerca de 90% dos mais de 2 mil professores da rede municipal de ensino de Parauapebas aderiram à greve, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp). A paralisação começou nesta segunda-feira, dia 9, e deixou cerca de 40 mil alunos sem aula.
Hoje pela manhã, os grevistas fizeram uma manifestação na porta da Prefeitura de Parauapebas para tentar se reunir com o prefeito Darcy Lermen, mas foram informados que ele viajou para Brasília. O representante da coordenação geral do Sintepp, Raimundo Moura, disse que a paralisação vai continuar até que haja um acordo entre o sindicato e a prefeitura. “Nós estamos tentando negociar três questões que desde o início do ano a gente vem discutindo com o prefeito. A principal é em relação ao precatório do Fundef, que seria rateado entre os professores como forma de valorização e reconhecimento da categoria; no entanto, tivemos essa surpresa do TCM, a pedido do procurador do município, que impossibilita a divisão desse recurso com a categoria, além disso tem o projeto de lei que é a eleição para diretor de escola que foi rejeitado na Câmara Municipal, alegando que é inconstitucional, mas sabemos que é constitucional tanto que está no plano nacional de educação e também tem a revisão do nosso PCCS, nosso plano de cargo, carreira e salário que algumas coisas estão defasadas e até agora não saiu da procuradoria para a Câmara Municipal”, destacou Raimundo.
Atualmente há 48.084 alunos matriculados em 68 escolas da rede municipal de ensino de Parauapebas. Segundo os grevistas, parte das escolas da educação infantil continua com as atividades normais. Em nota publicada pela Assessoria de Comunicação, a Secretaria de Educação de Parauapebas informou que a prefeitura concedeu, em abril deste ano, aumento salarial de 8% e mais 33% de reajuste no vale alimentação para todos os servidores públicos, depois de negociações com os Sindicatos dos Servidores Públicos Municipais (Sinseppar), dos Trabalhadores de Educação (Sintepp), dos Enfermeiros do Estado do Pará (Senpa) e dos Médicos (Sindmepa).
Sobre o projeto de lei dos precatórios, enviado à Câmara Municipal, a Semed informou que o Tribunal de Contas dos Municípios (TCM-PA) emitiu medida cautelar suspendendo a tramitação, o que impede a Prefeitura de Parauapebas e a Câmara Municipal de darem prosseguimento ao rateio do precatório.
3 comentários em “Greve deixa mais de 40 mil alunos sem aula em Parauapebas”
Bem feito pra quem votou num prefeito imcopetente, que provou por 2 mandatos ser incapaz de administrar uma cidade como parauapebas… Agora tem que agoentar por mais 4 anos.. Bem feito aos leigos que o elegeram
Mas jaaaa?!
Cadê tooodo aquele amor e festa,de janeiro quando saiu o resultado da eleição??!!
Quanto sensacionalismo…
Por que não colocar em letras garrafais PREFEITURA NAO CUMPRE ACORDO E SERVIDORES DA EDUCAÇÃO ENTRAM EM GREVE?
É um artifício muito bom para colocar a opinião pública contra os servidores da educação, que ano após ano são desprezados e desvalorizados pela classe política de Parauapebas.
As questões referenciadas nesta notícia em parte, como é o caso do Plano de Carreira e o projeto para Eleição Escolar, figuram como pleito antigo desta categoria profissional.
Certamente que a “bondade” exposta na nota da Acessoria de Comunicação da Prefeitura de Parauapebas, não se presta a consideração de Ganho real no que diz respeito a luta pelo reajuste salarial que só tem reposto a perda do poder de compra pela inflação (IPCA) ou até menos que isto, se for retomado desde a primeira gestão de Darcy Lermen. É impressionante que uma cidade como Parauapebas, uma cidade que possui arrecadação igual ou superior a de alguns estados brasileiros não ofereça a sua população os serviços necessários para o bem estar da sociedade, e utilizam de seu poder, os representantes políticos para abarrotar o serviço público com seus apadrinhados políticos! Em qualquer setor (saúde, educação, produção entre outros).
É triste ter que ver que passados 9 meses de negociação não apenas o do precatório, como também demais pautas do sindicato/base, o governot só resolveu a questão dos temporários que estavam sem receber dezembro e 13º, bem como sua recisão após pressionado pela categoria por meio de paralisação. Alguns dos quais precisaram retornar ao seu local de origem por não suportarem ou não terem capacidade para se manter no município.