Grupo Leolar vai construir ferrovia própria entre Canaã e Marabá

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Por Patrick Roberto – Marabá

Depois de adquirir sua própria mina de ferro para fugir da dependência da Vale, empresa de Marabá agora quer ter também sua própria estrada de ferro. Executivo da Maragusa, braço siderúrgico do Grupo Leolar, Zeferino Abreu Neto, o Zefera, confirmou que um investimento da ordem de R$ 800 milhões está engatilhado para construir uma estrada de ferro interligando Canaã dos Carajás, Curionópolis e o porto multimodal de Marabá. Além do minério, a ferrovia deverá transportar passageiros.

Segundo Zé Fera, uma empresa de São Paulo está contratada para fazer o projeto da estrada de ferro, e o aporte financeiro virá do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e da Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam), por meio do Banco da Amazônia.

A mina fica na área conhecida como Serra Sul, em Canaã e a Maragusa já possui o direito de exploração. Os trens que vão operar na ferrovia vão trazer ferro de lá e receber carga também em Curionópolis, onde a empresa é sócia em outro projeto.

VERTICAL

Neste último município, a Maragusa também vai explorar minério de ferro por meio da empresa Vertical, a qual tem, ainda, como sócias, as guseiras DaTerra (Grupo Revemar), Siquel (antiga Terranorte) e Sidenorte.

Ali, a capacidade de produção inicial será da ordem de 200 mil/toneladas ao mês, sendo que 100 mil para exportação e outros 100 mil para abastecer as quatro sócias, guseiras do Distrito Industrial de Marabá. Com isso, todas elas retomariam as atividades dos seus alto-fornos, que estão abafados.

Questionado sobre o prazo para isso, Zefera não revela quando a mineradora começa a produção, só adianta que todas as licenças já estão liberadas, dependendo apenas da aquisição dos equipamentos de extração. A projeção é de que, mesmo com uma produção de mil toneladas ao mês, a reserva permitiria exploração por 200 anos. A mina de Canaã seria ainda maior.

Neste pormenor, Zefera pontua que a viabilização da hidrovia no Rio Tocantins, com a derrocagem do pedral do Lourenção é fundamental para que ocorra a interligação com a ferrovia.

Nesta sexta-feira, a Cosipar (Companhia Siderúrgica do Pará) começou a dispensar seus mais de 400 funcionários e já tinha abafado seu único alto-forno ainda em funcionamento, justamente por estar inviabilizada a sua produção. A depreciação do gusa em relação ao preço do ferro é um desses motivos.

Maragusa, DaTerra, Siquel e Sidenorte, que também foram paralisando atividades desde 2008, com a crise do setor, apostam todas as suas fichas na exploração própria de ferro para retomarem suas atividades no DIM.

15 comentários em “Grupo Leolar vai construir ferrovia própria entre Canaã e Marabá

  1. rena Responder

    Esto na torcida pós sabemos q o grupo,tá preocupador com o desenvolvimento da região, parabéns GRUPO LEOLAR!

  2. jonhovan Responder

    parabens grupo leolar. especialmente ao sr leo pelo espirito emprendedor. va em frente com seus projetos. para ajudar maraba sai dessa crise.

  3. zinho de oliveira Responder

    Parabens pra o GRUPO LEOLAR… Sempre procurando mais empregos pra região muitos pai de familia otimo profissionais parado da utima CRISE de 2008 ninguem Não lembra mais so que fala mal e ta aqui na região.PARABENS A CIKEL MARAGUSA SINORTE DA TERRA quem duvida do PROJETO Tem que sair da Cidade esta pessoas não amar MARABÁ NÃO SÃO MARABAENS…….

  4. Fernanda Responder

    Eu não duvido nada dessa história de ferrovia sem licença ambiental, eia rima e etc, pois aqui em Marabá a poderosa Vale já está duplicando a linha de ferro na cara de todo mundo sem licença nenhuma e pergunta se algum órgão de fiscalização está enteressado em discutir o assunto? Tá nada!!! Cadê a Sema estadual, municipal e o tão famoso IBAMA? Tá na hora da sociedade se unir e mandar vê nas redes sociais os protestos, pois os meios de comunicação não abrem a boca contra essa SANGUE SUGA VALE.

  5. JACARÉ Responder

    Duvido que essa estrada de ferro seja realizada. Primeiramente a empresa VERTICAL ainda não adquiriu a área para a exploração, fato este de conhecimento de inúmeras pessoas que a referida empresa ainda não honrou seus compromissos com o vendedor, que é empresário bastante conhecido em Parauapebas e Curionópolis. Se ate o presente momento não honrou seus compromissos com o LEGITIMO PROPRIETÁRIO do imóvel rural, como poderia construir uma estrada de ferro. O comentário do Antonio Pedro é bastante interessante, como o Executivo da empresa VERTICAL já tem todas as licenças ambientais liberadas se até o presente momento não foi realizado nenhuma AUDIÊNCIA PÚBLICA.

  6. vitor Responder

    Devem ter muita grana pois li que o custo de 01 quilometro de ferrovia construido na TRANSNORDESTINA esta saindo po R$2,9 MILHÕES!!!!!!!!!!!

  7. Antonio Pedro Responder

    O executivo afirma que a mineradora já possui todas as licenças liberadas. Sinceramente, eu não recordo de audiência pública em Canaã sobre as atividades da Maragusa.
    Precisamos acompanhar esse projeto Zé Dudu. Não é simples implantar uma ferrovia.

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