Passados 20 dias do acidente de trânsito que tirou a vida da jovem Jainara Silva Pereira, sua mãe, Lucilene de Sousa Silva, denuncia que nenhum trâmite legal foi concluído quanto ao pagamento que se refere aos seus direitos adquiridos. Ela era funcionária da Unidade Mix Mateus, localizada na Folha 26, em Marabá. Diante da situação, a Família de Jainara contratou o criminalista Diego Adriano Freires para atuar no caso.
Lucilene não consegue se conformar com a morte da filha, da forma como ocorreu. “Minha filha era tudo pra mim, por conta dos meus problemas de saúde e não poder trabalhar e pela ausência do pai, era ela que sustentava nossa casinha, ela tinha o sonho de construir a nossa casa e de um dia ser modelo,” lamenta.
O acidente
No dia do acidente, Jainara saiu de casa para ir ao trabalho como de costume, já que seu horário de entrada era às 13h, no entanto, na esquina que antecede o seu local de trabalho, localizado na margem da pista, a jovem foi surpreendida por uma moto na contramão, que colidiu com ela e a jogou embaixo de uma carreta. A carreta iria descarregar justamente no Mix Mateus Atacarejo.
A jovem ainda chegou a ser atendida por uma equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU), mas nada pode ser feito, pois ela veio a óbito ainda no local.
Fato Curioso
A mãe de Jainara relata que foi procurada por funcionários da empresa apenas para assinar alguns documentos, porém esses documentos não poderiam ser enviados para pessoas de maior instrução, e teria que assiná-los sem enviar pra ninguém. Ela explica que na condição que estava não conseguiria ler e mesmo com a insistência não assinou. Após essa situação constrangedora, Lucilene resolveu procurar um advogado.
Foi aí que entrou em cena o criminalista Diego Freires. Ele informou que já fez contato com a gerência da empresa com intuito de esclarecer qual a dificuldade em prestar assistência à família da ex-funcionária e sobre a suposta tentativa de coagir a mãe de Jainara a assinar tais documentos, tendo como resposta que em breve o Departamento Jurídico entraria em contato.
Quanto à elucidação do acidente e a conduta dos envolvidos, o advogado diz que o inquérito corre sob segredo de Justiça, sendo presidido pelo delegado Luís Otavio, da 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil. “Fizemos diligência nesta data e fomos informados que ele estará de plantão na delegacia na quinta-feira (14),” explica o advogado.
Em razão do procedimento correr sob segredo de Justiça, o advogado disse que neste momento não vai se manifestar e prefere aguardar o contato com o delegado para se ater às peças do inquérito e assim tomar conhecimento de toda a situação, podendo assim prestar maiores esclarecimentos.
O Blog tentou, por reiteradas vezes, contato telefônico com a Assessoria de Comunicação do Mateus em Marabá, sem sucesso. Fica, portanto, aberto espaço para manifestação da empresa.