Brasília – A Halo, empresa que fornece serviços de helicópteros e mobilidade aérea urbana privada nos Estados Unidos e no Reino Unido, considerada uma das mais inovadoras do mundo, fechou com a Eve – braço da Embraer criado para desenvolver um “carro voador” –, a encomenda de 200 *eVtols a serem entregues a partir de 2026. O anúncio foi feito na terça-feira (1º).
Após o anúncio, as ações da gigante fabricante de aeronaves nacional subiram 6% no fechamento da Bolsa de Valores de São Paulo.
O acordo prevê também o desenvolvimento conjunto de um sistema de gestão de tráfego aéreo urbano e de operação de frotas. A ideia é que a parceria aumente a acessibilidade dos eVtols, dado que as empresas poderão escalar as operações do veículo.
“Esta parceria é um passo importante para a Eve assumir sua posição como líder global na indústria de mobilidade aérea urbana,” afirmou, em nota, o presidente da companhia, Andre Stein. “Estamos confiantes de que este relacionamento mutuamente benéfico terá um impacto positivo para muitos usuários futuros e permitirá que ambas as empresas cresçam seus negócios de forma exponencial”.
Carro voador da Embraer
Também em nota, Kenneth C. Ricci, diretor da Halo, afirmou acreditar que a “Eve está projetando uma aeronave que está bem preparada para a certificação inicial e, além disso, [a Embraer] apresenta um histórico comprovado de produção”.
Paralelamente, a Embraer trabalha no desenvolvimento de seu eVtol em uma parceria com o Uber, que pretende realizar voos comerciais a partir de 2023. Esse prazo, no entanto, é considerado apertado por participantes do mercado.
Em todo o mundo, pelo menos 140 projetos de eVtols estão sendo desenvolvidos. O setor aposta que o novo veículo transformará a aviação ao oferecer viagens mais baratas do que as de helicópteros. A grande mudança tecnológica será que o eVtol não precisará de pilotos e será elétrico. Por ser movido a bateria, não vai emitir poluentes e fará menos barulho do que os helicópteros.
* eVTOL – É um tipo de aeronave que usa energia elétrica para pairar, decolar e pousar verticalmente. Essa tecnologia surgiu graças aos grandes avanços na propulsão elétrica e à crescente necessidade de novos veículos para a mobilidade aérea urbana.