Durante uma cerimônia simbólica de posse em Marabá nesta segunda-feira (2), o governador Helder Barbalho foi perguntado sobre qual a importância de ter um paraense como ministro das Cidades no novo governo federal (que será o irmão dele, empresário Jader Filho). Barbalho respondeu tratar-se de uma grande oportunidade para que o Estado possa concretizar parcerias que serão capazes de resolver questões fundamentais no Pará, como por exemplo o derrocamento do Pedral do Lourenção, que possibilita navegabilidade segura o ano inteiro no Rio Tocantins, permitindo o transporte do commodities desde o Centro-Oeste brasileiro até o litoral.
Desde o dia 11 de outubro do ano passado que o Ibama emitiu Licença Prévia (nº 676/2022) para as obras de dragagem e derrocamento do Rio Tocantins entre Marabá e Baião, em três trechos que perfazem 212 km.
O primeiro trecho será a execução das obras de dragagem de 52 km entre Marabá e Itupiranga; o segundo trecho serão 35 km de derrocamento entre o distrito de Santa Terezinha do Tauiri e a Ilha do Bogéa; e o último trecho são 125 km de dragagem entre os municípios de Tucuruí e Baião.
Não obstante toda a importância da hidrovia do Tocantins, que será possível pelo derrocamento do pedral, Helder Barbalho fez questão de ressaltar que o empreendimento precisa estar alinhado com o respeito às comunidades tradicionais que vivem na região diretamente atingidas e também ao meio ambiente.
“É fundamental que nós possamos compreender a necessidade de compatibilizar este importante projeto logístico e estruturante para o nosso Estado respeitando as comunidades locais, para que a harmonização possa trazer convergência para todos os atores envolvidos”, afirmou.
Além do Pedral do Lourenção, o governador elencou uma série de investimentos que precisam ser realizados no sul e sudeste do Pará, como a pavimentação da BR-422 (entre Novo Repartimento e Tucuruí), recuperação da BR-155 (entre Marabá e Xinguara), além de recuperação das pontes da BR-158. Segundo ele, todos esses investimentos são importantes porque dizem respeito à vocação agropastoril do sul e sudeste paraense.
“É uma região que tem como vocação à produção, seja na agricultura e na pecuária, como também na mineração, e isso tudo dialoga diretamente com a necessidade de usar modais logísticos para o escoamento da produção e, claro, em segurança para as pessoas que trafegam”, observa o governador.