Por Eleutério Gomes – de Marabá
O Hemocentro de Marabá realiza no próximo fim de semana, sábado (21) e domingo (22), em Parauapebas, campanha de doação de sangue em que visa arrecadar pelo menos 350 bolsas. Foi o que anunciou o gerente do órgão, médico Fernando Augusto Monteiro, ao Blog na manhã desta segunda-feira (16), ao falar sobre as iniciativas externas que o banco de sangue realiza a fim de prevenir quanto à manutenção do estoque, a fim de evitar o que vem acontecendo em Belém, onde os estoques estão baixos e já preocupam a direção do órgão.
Fernando explica que que há meses do ano em que tradicionalmente cai o estoque de sangue em Marabá, como julho, mês de férias; e dezembro, quando muita gente sai da cidade. “Isso faz com que caia um pouco a doação, mas as nossas campanhas externas reforçam o nosso estoque de sangue. Este ano conseguimos fazer duas em Parauapebas e uma no Hospital Regional”, salienta o médico, completando: “Isso ajuda muito, conseguiu manter os nossos estoques reguladores aceitáveis agora no mês de outubro”.
O diretor do Hemocentro de Marabá lembra que o brasileiro não tem a cultura da doação de sangue, diferentemente dos europeus que passaram por duas grandes guerras. “Lá a pessoa já nasce querendo doar, mas, no Brasil, a gente precisa estar estimulando e lembrando as pessoas dessa possibilidade. Aqui em Marabá, pelo menos, em todas as campanhas que fazemos atingimos as metas”, comemora.
Monteiro conta que Marabá tem destaque nacional pela participação feminina nesse processo. Há algum tempo, afirma ele, o Ministério da Saúde incentivava os hemocentros brasileiros para que a participação das mulheres aumentasse, mas, no município nunca houve essa preocupação.
“Sempre, tradicionalmente, em Marabá mais de 40% das doações vêm das mulheres e estamos sempre ultrapassando a meta do ministério, que é de 30%”, conta Fernando Monteiro, destacando que nunca o Hemocentro teve necessidade de incrementar nada. “As mulheres aqui na nossa região estão de parabéns, tem dias aqui que só vêm mulheres doar sangue, sempre nos prestigiam.
Este mês, por exemplo, recebemos alunos de uma escola de Enfermagem que vieram conhecer o processo de doação e também doaram”, relata o médico.
Em Belém, segundo ele, o Hemocentro atende a todos os hospitais, lembrando que mais três foram inaugurados, daí a dificuldade de atender à demanda, que é muito grande. “Aqui a gente nunca trabalha com folga, mas o nosso estoque está atendendo à demanda”, conclui.
Para que uma pessoa seja doadora precisa: ter entre 16 e 67 anos de idade, pesar mais de 50 kg e estar em boas condições de saúde. Em caso de menor de 18 anos, o doador tem de levar autorização por escrito dos pais ou responsáveis.