Policiais civis e militares prenderam na madrugada deste domingo (5), em Parauapebas, Paulo Almeida da Silva, 24 anos, acusado de homicídio doloso. Por volta de 1h da madrugada, ele matou, com pedradas na cabeça, Miguel Ferreira Rodrigues dos Santos, crime testemunhado pelo investigador de Polícia Civil Marcos Luiz Alves Andrino, 31. O assassinato aconteceu em um bar da Vila Palmares II, motivado por confusão envolvendo o suposto roubo de um telefone celular.
Ouvido pela Reportagem do Blog, Paulo da Silva, que trabalha prestando serviços em fazendas, contou que estava na festa quando um primo, que estava com ele, queixou-se de que uns desconhecidos haviam roubado seu celular.
Segundo o acusado, ele se dirigiu até o grupo e interpelou acerca do celular, como disseram que não estava com eles, ele virou as costas e caminhou na direção contrária, quando um dos homens se aproximou por trás aplicando-lhe um golpe faca, enquanto o outro tentava lhe esfaquear nas costelas.
“Eu reagi, pois era eu ou ele. Ou então, eu já era”, disse ele, que, no momento da agressão se valeu de um grande pedaço de concreto que usou como arma de defesa, acertando o crânio do homem que enfiou a faca nas costas dele. “Nunca gostei de andar armado. Foi essa pedra que me salvou, se não fosse ela…”, afirma Paulo.
Sobre o celular supostamente roubado que gerou toda a confusão e resultou no homicídio, Paulo da Silva diz que não pode acusar ninguém, pois nada viu, afirmando também não saber o motivo da facada que sofreu nas costas. Contou que foi removido de ambulância até o Hospital Geral de Parauapebas, onde chegou “com a faca nas costas” e, minutos depois de ter sido atendido, foi preso.
Testemunha acrescenta detalhe que complica o acusado
O investigador de Polícia Civil, Marcos Luiz Alves Andrino estava no local e viu como aconteceu crime, em seu depoimento como testemunha, contou que, ao levar um “golpe de facão nas costas”, aplicado por Miguel Ferreira dos Santos, Paulo da Silva reagiu acertando um soco em seu agressor, que foi ao chão. “Logo após, o acusado Paulo Almeida da Silva pegou uma pedra e arremessou no crânio de Miguel Ferreira dos Santos ainda no chão, até este vir a óbito”, relata a testemunha em seu Termo de Depoimento.
Paulo Almeida da Silva está recolhido em uma das celas da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil e nesta segunda-feira (6) deve ser ouvido em Audiência de Custódia, na qual o juiz decidirá se mantém o flagrante ou se o libera para que responda ao processo em liberdade.