Mistério total cerca a morte de Fábio Borges Fagundes, 36 anos, morador da Vila Cedere I, zona rural de Parauapebas. Ele foi executado com disparo de arma tipo “por fora”, por volta das 23h de ontem, domingo (25), quando chegava em casa, de uma festividade em local próximo, com a companheira, Maria Adalgiza dos Santos Filho. Vários caroços de chumbo ficaram cravados no rosto de Fábio, mas, os que causaram sua morte foram dois que atingiram profundamente a região do pescoço.
Segundo Adalgiza, quando chegaram ao lote em que moravam, ela desceu da moto para abrir o colchete – porteira – e, ao se voltar para o marido, só ouviu o estampido. Como o local é escuro, ela não viu quem atirou em Fábio e deduz que o assassino estava de tocaia atrás de uma árvore próxima da entrada.
Ao perceber que Fábio foi atingido, ela gritou por socorro e saiu correndo até o lote da filha, ali próximo. Nesse momento, ouviu o atirador correndo para o lado contrário, em fuga, mas não viu o rosto dele.
Adalgiza contou ao investigador Ricardo Moraes, da 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil, que o casal saiu de casa logo pela manhã para uma vila próxima à Cedere I, onde moram há cerca de quatro anos.
Ela lembra que não estava com vontade de sair casa, mas, Fábio a convenceu, dizendo que eles poderiam distrair-se, tomar umas cervejas e assistir a apresentação de um cantor do qual ele era fã e que se apresentaria na festa.
A mulher conta que concordou e diz que, de fato, se divertiram muito. Pela parte da tarde assistiram um torneio de futebol e à noite dançaram, comeram e beberam na festa. “Que eu saiba, ele não tinha inimigos nem desavenças com alguém. Eu não conhecia muito bem o passado nem os parentes dele, apenas sabia que ele tem uma irmã em Parauapebas, mas nunca falava nela”, disse.
Sem descrição ou qualquer pista que possam levar ao assassino, Ricardo Moraes informa que vai começar a investigação a partir de conversas com pessoas da comunidade, a respeito da presença de pessoa ou pessoas estranhas à vila nos últimos dias, em atitude suspeita.