Surpreendido furtando material da Estrada de Ferro Carajás, de responsabilidade da mineradora Vale, o agricultor Humberto Alves Diniz, 54 anos, foi preso pela Guarda Florestal da Prosegur, na noite de ontem, quarta-feira (11), por volta as 22h30. Entregue a uma guarnição da Polícia Militar, foi conduzido à 20ª Seccional Urbana de Polícia Civil de Parauapebas.
Na delegacia, Humberto Diniz teve outra desagradável surpresa: teve o nome rastreado no Sinesp (Sistema Nacional de Segurança Pública), quando polícia descobriu que ele tem contra si Mandado de Prisão por crime de homicídio cometido em 1997, em Catolé do Rocha, no Estado da Paraíba.
Ouvido pela Reportagem do Blog, Humberto, que veio para Parauapebas há “mais de 20 anos”, não nega o crime, mas diz que não veio se esconder no Pará e conta ainda que nunca foi preso por ter matado uma pessoa. “Não sou foragido”, afirmou.
Falando pouco e em voz baixa, quase um murmúrio, ele não se referiu ao crime. Quanto ao furto de material da ferrovia, Humberto Martins afirma que foi uma bobagem: “Não tenho necessidade disso”. Conta que estava procurando carvão e, ao ver uma peça de ferro, inadvertidamente, pegou e levou.
Na delegacia, o advogado Tiago Aguiar, que se apresentou como defensor de Humberto, disse que vai entrar com petição na Justiça para suspender o efeito do Mandado de Prisão por homicídio.
Ele alega que, além de ter sido provado que Humberto matou em legítima defesa, o crime, após 22 anos, já prescreveu. Adiantou ainda que vai se comunicar com a Justiça em Catolé do Rocha (PB) para esclarecer sobre a prescrição. Enquanto isso, Humberto Martins aguarda, preso, a Audiência de Custódia.
(Caetano Silva)