Foi necessário um disparo de taser – arma não letal de choque elétrico – contra Juarez Pereira da Silva para que ele não cometesse suicídio na manhã desta segunda-feira (18), no pátio da RBA TV, em Marabá. Ele chegou por volta das 9h e se dirigiu à recepção da emissora, muito nervoso, reclamando que alguém estava usando o nome dele para fazer compras. Em seguida, saiu e entrou no automóvel em que havia chegado, um Corsa Classic, e ateou fogo no carro. Um funcionário da TV correu e retirou Juarez, cujas roupas começavam a queimar, de dentro do carro.
Já fora do veículo em chamas, Juarez sacou de uma faca e ainda feriu a mão do rapaz que o salvou do fogo. Depois, disse que ia se matar usando a arma branca. Corpo de Bombeiros, Polícia Militar e Guarda Municipal foram chamados.
O primeiro a tentar dissuadir Juarez da Silva de cometer suicídio foi o subtenente J. Rodrigues, da PM. O homem não atendeu às ponderações do oficial e disse que estava determinado a acabar com a própria vida.
Foi então que, diante do iminente suicídio, o inspetor Carvalho e os guardas F. Costa e Willis, da Guarda Municipal, decidiram que o único meio de evitar que o home se matasse seria o emprego do taser, uma arma de eletrochoque que usa uma corrente elétrica para imobilizar pessoas que estejam representando alguma ameaça a alguém ou à ordem pública.
Coube a F. Costa disparar a arma de choque, jogando Juarez ao chão, sendo logo em seguida desarmado e socorrido pelo Samu, que já estava no local. O homem, devido a primeira tentativa de suicídio, apresentava várias queimaduras pelo corpo e foi removido ao Hospital Municipal.
Só este ano, a Guarda Municipal teve de utilizar mais de quatro vezes o taser para salvar vidas. Na maioria dos casos foram intervenções envolvendo pessoas apresentando distúrbios mentais, atentando contra a própria vida.