O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) aplicou desde o início do período de estiagem cerca de R$ 11,5 milhões em multas a diversos proprietários de terras por desmatamento e queimadas ilegais no Pará. No sudeste do Estado, onde acontece desde 9 de agosto a Operação Hefesto, um proprietário foi multado em R$ 5,1 milhões por ter derrubado e queimado 683 hectares de floresta no município de Santa Maria das Barreiras. Os fiscais também embargaram a área, que não poderá mais ser utilizada pelo infrator.
O Ibama também multou outras 13 propriedades em Redenção, Santana do Araguaia e ainda Santa Maria das Barreiras. As multas somaram cerca de R$ 300 mil e as áreas também foram embargadas.
Segundo o instituto, o grande número de assentamentos, invasões de terras e empreendimentos agropecuários que utilizam ilegalmente as queimadas para manejar suas pastagens, deverá manter a Operação Hefesto por vários meses no sul e sudeste do Estado. "Até as pontes estão sendo destruídas pelo fogo", afirmou o coordenador da operação, Rômulo Neto.
Incêndio florestal
Equipes de Ibama combatem desde quinta-feira um incêndio florestal na Reserva Indígena Xikrin do Cateté, que envolve os municípios de Tucumã, Xinguara e Parauapebas, no sudeste do Pará. Ao todo, dois focos de fogo já estão em fase de extinção e um ainda não foi controlado, a 32 km da aldeia dos Xikrin. Em São Geraldo do Araguaia, as equipes tentam apagar focos de fogo no Parque Estadual da Serra das Andorinhas, fronteira com Tocantins.
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