O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente – Ibama – e o ICMBio – Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade – realizam em Parauapebas uma operação denominada “Rio Azul”, para combater os garimpos ilegais na região. “As áreas são monitoradas pelo Ibama e anualmente realizamos essa operação com o objetivo de punir quem explora a natureza. Os garimpos são os alvos, já que a exploração não é realizada da maneira mais sustentável”, explicou Roberto Scarpari, fiscal do Ibama.
Na ação desta quarta-feira (22) dois garimpos ilegais foram localizados em terras limítrofes entre Parauapebas e Marabá. “No primeiro garimpo, conhecido como Garimpo da Cruz, a cerca de 10 km da Vila Sanção, flagramos equipamentos pesados como escavadeira com 15 garimpeiros. No segundo, estilo de um sítio, encontramos instrumentos mais primitivos, mas que contaminam a bacia hidrográfica”, detalhou Scarpari.
Dois homens, identificados como Antônio Lisboa Gomes dos Santos, de 60 anos, e Pedro Morais foram presos. Eles disseram à reportagem que estavam há pouco tempo no trabalho. “Comecei há três dias e não consegui ouro porque são 4 metros de fundura e estávamos em quatro nesse trabalho”, relatou Antônio Santos.
Pedro Morais estava em outro barranco e contou que chegou a cidade à procura de emprego. “Estava hospedado na Vila Paulo Fonteles e aí surgiu a proposta para trabalhar nesse garimpo. Comecei lá dois dias”, disse Morais. Os outros homens conseguiram fugir na chegada da fiscalização.
O Ibama continuará a operação nos próximos dias. Essa ação visa inibir e mostrar para o cidadão que a atividade feita é um risco para a natureza e para a saúde dele também. “Na fiscalização de hoje não achamos nada de mineral, só encontramos materiais para separar o ouro da terra. Imaginamos que eles estocaram a produção”, disse Scarpari, informando ainda que estão fazendo uma varredura pela área. “No monitoramento pelo helicóptero marcamos um ponto vizinho a Vila Sanção, que já tem histórico de exploração e, infelizmente, só tem deixado problemas para o meio ambiente. Toda essa degradação é porque encontraram ouro.”
Os dois homens presos detalharam que no garimpo que trabalhavam existia mesmo ouro. “Era possível achar de 10 a 20 gramas de ouro por dia por barranco, mas não conseguimos nada, porque temos pouco tempo de trabalho”, declarou Antônio Santos.
O Ibama vai multar pela degradação dos recursos naturais, como vegetação e na área de proteção permanente da água, que atinge até a fauna. “O dono da terra também responde pelo crime ambiental, por ter um ganho com a exploração. Pelo que sabemos é em torno de 10 a 15% do que é extraído. Eles serão intimados”, concluiu o fiscal.
2 comentários em “Ibama flagra dois garimpos ilegais em Parauapebas”
O meu rei nao tem como esplica essa mentira de esses pais de familia passando fome,e cuando pg com uma grama de ouro vai preso mas cim uma contia de mas elevada de drogas nao vai se preso????
Rapaz vcs si desse jeito na economia da nossa cidade de parauapebas seria mas faciol de controlar esses garimpos