Belém e Santarém começaram nesta quarta-feira (20) a fazer parte de um levantamento da infraestrutura urbana como preparatório para o Censo Demográfico 2020. As informações foram levantadas com exclusividade pelo Blog do Zé Dudu junto ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que selecionou apenas 21 municípios entre os 5.570 que atualmente existem no país. Os dois municípios paraenses são considerados os piores em alguns quesitos urbanísticos importantes, como saneamento básico e arborização, dentro de suas respectivas faixas populacionais.
Durante a prova piloto, prevista para ocorrer em campo no mês que vem, técnicos do IBGE vão visitar as localidades escolhidas por uma semana para verificar, entre outras características, a existência de calçamento nas ruas, de pontos de ônibus, de ciclovias e de arborização, bem como vão checar quesitos de acessibilidade, como a presença de piso tátil e de rampas para pessoas com deficiência.
Segundo o instituto, a operação serve como base para a Pesquisa Territorial do Entorno Urbanístico dos Domicílios, que acontecerá em todos os municípios do país duas semanas antes do início da coleta do próximo Censo, em agosto de 2020. Há quase dez anos, na ocasião do Censo 2010, o IBGE constatou que, entre as cidades brasileiras com mais de um milhão de habitantes, Goiânia tinha o maior percentual de domicílios em áreas arborizadas, enquanto Belém tinha a maior proporção de residências em áreas com esgoto a céu aberto.
“Além de contribuir para o planejamento de políticas públicas, a pesquisa facilita o deslocamento do recenseador. Ela investiga, por exemplo, se há alguma localidade não mapeada, para garantir que as ruas estejam representadas no mapa que servirá como guia do recenseador”, informa o órgão, lembrando que a prova piloto será rápida e contará com 37 técnicos, número que deve saltar para 27 mil pessoas que serão contratadas temporariamente no ano que vem para o recenseamento geral.
Em Santarém, o IBGE vai cobrir a favela (ou aglomerado subnormal, na linguagem técnica do órgão) da Matinha. Quanto à capital paraense, o instituto não divulgou o perímetro exato das coletas amostrais. (Com informações do IBGE)