Brasília – A organização não governamental Conservação Internacional (CI) do Brasil foi recebida, em reunião de trabalho nesta quinta-feira (16), pelo presidente do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade do Estado do Pará (Ideflor-Bio), Nilson Pinto, para debater o andamento das ações referentes ao Projeto “Paisagens Sustentáveis da Amazônia” (Amazon Sustainable Landscapes/ASL, em inglês), desenvolvido por ela em Unidades de Conservação (UCs) de estados na Amazônia.
A CI acredita que a Amazônia pode ser conservada por meio de esforços conjuntos e integrados, e que as UCs e as áreas privadas têm papel fundamental no desenvolvimento sustentável da região e na redução do desmatamento, essenciais para a manutenção dos serviços que a natureza fornece para o planeta.
Ex-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e ex-deputado federal que presidiu o PSDB no Pará, Nilson Pinto foi convidado pelo governador do estado, Helder Barbalho, para assumir o Ideflor-Bio. Ele recebeu os representantes da CI do Brasil, onde está presente desenvolvendo o projeto na Área de Proteção Ambiental Triunfo do Xingu e na Floresta Estadual (Flota) Iriri, ambas integrantes da Gerência Regional do Xingu (GRX), vinculada à Diretoria de Gestão e Monitoramento de Unidades de Conservação (DGMUC). A expectativa é expandir o projeto para outras UCs no território paraense.
A diretora de Soluções para o Clima na CI do Brasil, Sophia Picarelli, agradeceu a possibilidade de se reunir com o novo presidente do Ideflor-Bio. Ela ressaltou que, na lógica do Projeto ASL, as UCs são peças-chave para fortalecer a dinâmica territorial e, de fato, buscar um olhar para usos e práticas mais sustentáveis.
“A gente acredita que as prioridades que estão sendo planejadas por essa nova gestão vão trazer uma série de contribuições diretas para os resultados esperados do projeto, mas também fortalecer esse protagonismo do estado na região Norte, no bioma, e poder incentivar uma série de ações, olhando muito para essa lógica dos desafios relacionados à mudança do clima e da biodiversidade,” frisou Picarelli.
Cooperação
Nilson Pinto avaliou como muito produtiva a reunião com os representantes da CI do Brasil. A organização não governamental é parceira do Ministério do Meio Ambiente, por meio do Programa Paisagens Sustentáveis da Amazônia, que apoia os trabalhos do Ideflor-Bio na região do Xingu.
“Hoje, nós conversamos sobre o andamento desses trabalhos, fizemos uma rápida avaliação do que está acontecendo naquela localidade e aproveitamos para apresentar aos representantes da CI do Brasil as propostas prioritárias de trabalho do Ideflor-Bio para os próximos quatro anos,” informou o gestor.
Ele disse, também, que entre os objetivos do Ideflor-Bio estão criar novas UCs em todo o Pará, inclusive em parceria com os municípios; fortalecer a gestão das 27 que o Ideflor-Bio gerencia atualmente; estimular ações de reflorestamento com a participação da sociedade e preparar as UCs para a inserção no Mercado de Carbono. “Significa que os cinco projetos que o Ideflor-Bio deve desenvolver com prioridade nesses próximos anos convergem com as linhas de trabalho da CI do Brasil, que é um parceiro potencial para a execução dessas ações,” complementou.
Com informações da Agência Pará
Por Val-André Mutran – de Brasília