Sob o título de “Custo Lula (2)”, Carlos Alberto Sardenberg, jornalista de O Globo apresenta um texto onde desqualifica a implantação da ALPA em Marabá pela Vale.
Para o jornalista, não há a necessidade de investimentos na siderurgia. Primeiro em virtude do excesso de aço no mercado e segundo em virtude do alto investimento e do custo Brasil.
Ora, esse cidadão deveria vir à Marabá e região para ter conhecimento da importância da implantação da ALPA para a região em vez de espalhar seu aparente ódio pelo ex-presidente Lula. Sabemos da atual situação do país e do quanto ainda precisa melhorar, todavia, questionar projeto de vital importância para o Pará e para o Brasil é tentar tapar o sol com a peneira e mostrar apenas o lado ruim das coisas, fato que alguns jornalistas dos grandes veículos do sul do país sabem fazer tão bem, nunca mostrando ou ofertando uma solução para o problema.
Confira o que disse Sardenberg:
Uma das broncas do então presidente Lula com a Vale estava no assunto siderúrgicas. A companhia brasileira deveria progredir da condição de mero fornecedor de minério de ferro para produtor de aço, tal era o desejo de Lula.
Quando lhe argumentavam que havia um problema de custo para investir no Brasil – e não apenas em siderúrgicas – o ex-presidente apelava para o patriotismo. As empresas privadas nacionais teriam a obrigação de fabricar no Brasil.
Por causa da bronca presidencial ou por erros próprios, o fato é que a Vale está envolvida em três grandes siderúrgicas – ou três imensos problemas – conforme mostra em detalhes uma reportagem de Ivo Ribeiro e Vera Saavedra Durão, no “Valor” de ontem. Em Marabá, no Pará, o projeto da planta Alpa está parado, à espera da construção de um porto e de uma via fluvial, obrigação dos governos federal e estadual, e que está longe de começar. No Espírito Santo, o projeto Ubu também fica no papel enquanto a Vale espera um cada vez mais improvável sócio estrangeiro. Finalmente, o projeto de Pecém, no Ceará, está quase saindo do papel, mas ao dobro do custo original.
E quer saber? Seria melhor mesmo que não saísse. Acontece que há um excesso de oferta de aço no mundo e, mais importante, os custos brasileiros de instalação das usinas e de produção são os mais altos do mundo. Não, a culpa não é só do dólar nem dos chineses. Estes fazem o aço mais barato do planeta, com seus métodos tradicionais. Mas o aço brasileiro sai mais caro do que nos EUA, Alemanha, Rússia e Turquia, conforme um estudo da consultoria Booz.
A culpa nossa é velha: carga e sistema tributário (paga-se imposto caro até durante a construção da usina, antes de faturar o primeiro centavo), burocracia infernal e custosa, inclusive na disputa judicial de questões tributárias e trabalhistas, e custo da mão de obra.
Dados do economista Alexandre Schwartsman mostram que os salários estão subindo no Brasil na faixa de 11 a 12% anuais. A produtividade, estimado 1,5%. Ou seja, aumenta o custo efetivo do trabalho, e mais ainda pela baixa qualificação da mão de obra. Jorge Gerdau Johanpeter, eterno batalhador dessas questões, mostra que a unidade de trabalho por tonelada de aço é mais cara no Brasil do que nos EUA.
Não há patriotismo que resolva. Mas uma boa ação governamental ajudaria. Reparem: todos os problemas dependem de ação política e, especialmente, da liderança do presidente da República. Trata-se de reformas tributária e trabalhista, medidas legais para arejar o ambiente de negócios, simplificar o sistema de licenças ambientais, reforma do Judiciário e por aí vai, sem contar com um impulso na educação.
Se isso não anda, é falha de governo, não do mercado. A crise global é a mesma para todo mundo, mas afeta os países diferentemente, conforme suas condições locais. O Brasil precisaria turbinar os investimentos, mas não há como fazer isso num ambiente tão desfavorável e tão custoso. O governo cai então no estímulo ao consumo e no protecionismo para barrar e/ou encarecer os produtos estrangeiros. De novo, não conseguindo reduzir o custo Brasil, aumenta o custo mundo.
A situação é ainda mais grave no lado dos investimentos públicos. Uma das obras de propaganda de Lula era a Ferrovia Norte-Sul, tocada pela estatal Valec. Pois o Tribunal de Contas da União verificou que o dormente ali saía por R$ 300, enquanto na Transnordestina, negócio privado, ficava por R$ 220.
O atual presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, nomeado há um ano, depois das demissões por denúncias de corrupção, conta ainda que vai comprar a tonelada de trilho por R$ 2 mil, contra o preço absurdo de R$ 3 mil da gestão anterior, que vinha lá do governo Lula.
Claro que um presidente da República não pode saber quanto custa uma tonelada de trilho, muito menos o preço de um dormente. Nem pode acompanhar as licitações. Mas o ritmo “vamo-que-vamo” imposto pelo ex-presidente, junto com o loteamento político das estatais, criou o ambiente para os malfeitos e, mais importante, porque mais caro, para os enormes equívocos na gestão dos projetos.
O diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes, general Jorge Fraxe, também nomeado por Dilma para colocar ordem na casa, conta que encontrou contratos de obras no valor de R$ 15 bilhões – ou “15 bilhões de problemas”.
Quando o mundo vai bem, todos crescendo, ninguém repara. Quando a coisa aperta, aí se vê o quanto não foi feito ou foi feito errado”.
12 comentários em “Idiotices que certos jornalistas escrevem”
Eu entendo que podem dizer que o custo Brasil é isso, é aquilo, mas imagimenos que que se todos os investimentos no setor produtivo têm toda essa carga tributária, porque ainda estão sobrevivendo? Porque quem paga isso é o consumidor, e esses empreendimentos da Vale vai ser a mesma historia: ” quem vai pagar toda essa carga tributária será o consumidor brasileiro. Ora, isso não é mais novidade pra ninguém. E acho também, que temos que chamar a responsabilidade do Governador Jatene, pois foi sempre molenga quando é para defender os interesse do Pará, e os polítiticos paraense sem exceção são fracos, e sempre permitiram essa situação e vão reclamar depois do pote vazio.
Só pra reforçar o que digo a muitas pessoas que o LULA nada mais é que o maior estelionatário que este pais já teve.
MAIS ALGUNS ADJETIVOS PARA MELHOR DESCREVER O LULA: PAI DA MENTIRA, ENGANADOR, FINGIDO, MAU CARÁTER E ETC. SEM FALAR TAMBÉM QUE É APROVEITADOR DA MISÉRIA DO PRÓPRIO POVO SOFRIDO PARA SE ENGRANDECER JUNTAMENTE COM ESTA QUADRILHA DENOMINADA PT.
Não é ódio nenhum ao Lula. Está parecendo fobia a todos que falam do PT. O Jornalista Sademberg escreveu apenas o óbvio sem atacar Lula, e baseou em fatos e numeros tanto da Gerdau quanto de setores do atual governo Dilma. A verdadde é que houve outras inaugurações de Pedra Fundamental pelo Brasil afora. A Alpa foi uma tentativa desesperada para alavancar a irrecuperável Ana Julia. Deu no que Deu.
Muito boa a matéria,evidenciando uma realidade que passa por baixo de nossas barbas,e que infelizmente tomamos conhecimento por um jornalista lá de fora,não adianta querer tapa sol com peneira!
Um título infeliz para o clipping realizado pelo Zé (dudu)! Agiu, também, com patriotismo!
Claro que nós, paraenses (e paraenses de coraçao, como é o Zé), gostaríamos de ter uma siderúrgica no Estado, afinal, já sofremos tantas perdas. Porém, nao podemos fechar os olhos para algumas verdades.
A carga tributária que as empresas brasileiras sofrem. Ontem, fixei bem os olhos sobre a tabela de encargos (68,09%) sobre uma folha de pagamento, por exemplo. Qualquer empresário sabe do que falo.
Muito boa a matéria e, faz uma crítica bem coerente com a realidade do Brasil. Bem embasado. O Jornalista Sardenberg pode ‘nao’ gostar do Lula, mas tá na cara que ‘inaugurar pedra’ é coisa eleitoreira e, se nao aparecer um sócio e, o governo resolver investir, sabemos de onde vai sair o dinheiro para essas obras: do seu e do meu bolso, os contribuintes!
AQUI SÓ TEM GENTE ASSIM… QUE SE DIZ COMUNICADOR MAS NÃO SABE DE NADA… TIPO O MARCEL NOGUEIRA QUE SE DIZ CONHECEDOR DE TUDO E NA VERDADE NÃO SABE NEM PORQUE RESPIRA… VAI ENTENDER?
Carlos Alberto Sademberg merece respeito, afinal de contas só esta mostrando por que nao seria ideal abrir uma siderurgica não só em Marabá como em todas as outras cidades supracitadas. O Brasil careçe de carga tributaria menor para que seus produtos fiquem realmente competitivos em nivel nacional/internacional. É hora de vermos o partido que está definitivamente afundando esse país.
Li a matéria de Sanderberg e não vi ali nada que evidenciasse ódio ao Lula, vi relatos de fatos e analise de conjunturas, ao condenar o jornalista o blogger age como o delegado que prende o arauto e esquece de apurar o crime. Concordo com Geraldo de Jesus, o anuncio da ALPA foi estelionato assim como centenas de outras pedras fundamentais inauguradas por lula no desespero de eleger um poste de terninho, assim o fez com refinarias, navios, universidades, ferrovias que nunca saíram do papel, aliás lula foi o inventor e único praticante dessa modalidade de inauguração, de pedra fundamental. Concordo também em parte com Edson, temos muitas carências e nesse sentido a desonestidade de lula fica ainda maior, pois abusou de gente esperançosa e anciosa por dias melhores e facil de ludibriar. Mas não, não, e não, sr. Zé Dudu, não vi texto do jornalista nenhuma idiotice. Os idiotas fomos nós que acreditamos.
MATÉRIA COERENTE E DIGNA . NÃO ENTENDI PORQUE QUEM MOSTRA AS MAZELAS DESSE ARAUTO , É SER ANTI.
O que muitos não querem ver é que essa propalada obra, não passou de bravata eleitoreira , onde uma comitiva presidencial veio inaugurar uma obra que só tinha o terreno . Isso chama-se ESTELIONATO ELEITORAL .
Fico chateado porque nenhuma autoridade do estado tem coragem para responder a altura a esse jornalista, pois o mesmo não deve conhecer nem a rua onde mora, quanto mais a nossa região, e a mesma coisa que falar que não precisamos dividir o estado, eles não tem noção das nossas dificuldades, tenho a impressão que eles tem a gente como inferiores e não temos o direito de ter uma vida melhor
VAMOS ENCHER O BLOG DELE ATÉ ELE SE MANCAR
Esse sardenberg e bom mesmo por isso que ele e um dos jornalistas mais conceituados do Brasil essa conclusão que ele chegou além de certa eu já tinha chegado a muito tempo