Por Antonio Barroso – correspondente em Jacundá
O bairro com maior população da cidade de Jacundá, o Alto Paraíso, tem registrado um caso intrigante e desconhecido pelas autoridades policiais. Acidente ou ato criminoso estaria por trás de uma série de incêndios a imóveis residenciais. Neste mês foram 3 casos. Durante o ano os moradores contabilizam 6 incidências. Todos os casos ocorridos durante a madrugada.
Era por volta de 3h do último domingo, 17, quando a dona de casa Carmelita Piedade foi alertada sobre um incêndio em sua casa, localizada à Rua Aida Sanches, 82. Na residência, construída de madeira, moravam a mulher e um casal de filhos, dentre eles o adolescente Maicon Silva, 16 anos, que salvou das chamas a bicicleta. “A única coisa que conseguimos tirar foi a bicicleta”. O veículo sofreu avaria causadas pelo fogo.
Maria Silveria da Silva, ex-sogra da mulher, conta que estava sem sono naquela madrugada quando sentiu cheiro de fumaça. “Ao abrir a janela do meu quarto me deparei com a casa pegando fogo. Fui chamar os vizinhos pra gente apagar as chamas, mas não teve como apagar o fogo que ameaçava queimar a minha casa”. Os vizinhos impediram que o fogo se alastrasse para o imóvel de dona Silveria, que contabiliza prejuízo de um reservatório de água suspenso. “O fogo era tão forte que quase queima a caixa de água”. O calor modificou a estrutura do reservatório.
Carmelita registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia Civil de Jacundá, o único caso registrado até agora. Além de documentos pessoais, ela disse que roupas, móveis, eletrodomésticos e alimentos foram consumidos pelo fogo. “Perdemos tudo, e não temos onde morar”. A vizinha Socorro Gomes abrigou a família enquanto a mulher consegue construir uma nova moradia”. Ela desconhece o que teria causado o incêndio.
Na Rua Espírito Santo outro imóvel foi consumido pelo fogo no início deste mês, por volta de 2h. José Lindomar, dono da residência, mora numa propriedade rural e soube do ocorrido através de familiares. A reportagem apurou que no interior da casa que estava sem energia elétrica havia diversos móveis e eletrodomésticos. Geladeira, camas, guarda-roupa, freezers e outros objetos viraram cinza ou ferro retorcido.
Outro caso foi registrado à Rua Pitinga, 217. O morador teve mais sorte. Um vizinho que preferiu não ser identificado relatou que era por volta de 5h quando percebeu estalos e claridade ao lado de sua casa. “Quando abri a janela vi que era fogo. Imediatamente chamei alguns e vizinhos e conseguimos controlar a chamas, que atingiram parte de uma parede do imóvel atingido”. Esse incêndio foi ocorrido há 15 dias.
A cidade de Jacundá não é provida de um grupo de Bombeiros, o que dificulta o combate a incêndios. Como as maiorias das vítimas não registraram os casos, o delegado Sérgio Máximo disse que “essa atitude dificulta a investigação”. Os moradores relataram à reportagem que neste ano já foram mais de seis imóveis incendiados no Bairro Alto Paraíso. Os entrevistados deduzem que são criminosos os incêndios e descartam acidentes.
Os imóveis consumidos pelas chamas eram de madeira, o que dificultou o controle das labaredas. A moradora Carmelina pede ajuda da população para reconstruir seu imóvel. Qualquer contribuição ligue para os números de celulares (94) 99257-8726 e 99294-0671
1 comentário em “Incêndios supostamente criminosos assustam a população de Jacundá”
Tenho um terreno no alto paraíso onde fiz um cômodo de madeira 3×3 para guradar ferramentas e materiais que à pouco eu vinha comprando. Moro em Jacundá e trabalho em Parauapebas até hoje .No dia 1° de novembro de 2017, uma vizinha liga dizendo que haviam ateiado fogo no meu minúsculo imóvel! Às pressas fui à Jacundá e chorei ao ver meus 2500 tijolos queimados e outros itens. Prejuízo de quase 2000 reais . Não fiz boletim de ocorrência e nem fui atrás, mas descobri o incendiário. Ele tem uns 17 a 18 anos, negro, magro. Ele não sai da quadra do alto paraíso, praça da bíblia. E esse não é o seu primeiro incêndio. Pode ser ele e seus compassas culpados dos outros incêndios .Já que fiquei sabendo que ele drogado, não aguenta ver uma casa de madeira .