O alta nos preços de produtos e serviços comumente consumidos pela população paraense não dá trégua. Nesta terça-feira (24), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nova rodada de apuração da inflação, por meio do Índice de Preços ao Consumidor Amplo de meio de mês (IPCA-15), como parâmetro prévio para maio, e o resultado é um crescimento de 0,54% nas etiquetas de preço no Pará, tendo a Grande Belém como referência.
O Blog do Zé Dudu analisou os microdados da pesquisa e observou que a inflação registrada no estado avançou para dois dígitos no acumulado de 12 meses, chegando a 10,38%. Isso quer dizer que, ao se manter nesse patamar, no final deste ano o salário mínimo de R$ 1.212 perderá R$ 125,80 de seu valor de compra para produtos e serviços essenciais. Sem segredos, a inflação penaliza os mais pobres.
Entre as 11 localidades regionais pesquisadas, o Pará apresentou a 5ª maior prévia de inflação de maio, só inferior as registradas no Ceará (1,29%), Bahia (1,15%), Distrito Federal (0,94%) e Rio de Janeiro (0,68%). São Paulo apresentou o mesmo índice paraense (0,54%). No Brasil, a prévia ficou em 0,59%.
Enquanto a inflação galopa, o salário não sobe. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) calcula que o valor do salário mínimo ideal para suprir todas as despesas de um trabalhador e de sua família no Brasil deveria ser de R$ 6.394,76, o que equivale a mais de cinco vezes o mínimo atual.