Inflação para quem, cara pálida?

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Por Isabel Gaia – Paraensinha

O Presidente da Vale ROGER AGNELLI manda um recado à mídia de todo o país.

Fala-se muito do efeito que o aumento do minério de ferro terá sobre a inflação, mas não se fala nos ganhos para o país

NOS ÚLTIMOS dias, tenho acompanhado as notícias sobre o possível impacto do aumento do preço do minério de ferro sobre a inflação.

Procurei na imprensa da Austrália, da África do Sul e do Canadá (grandes exportadores de minério de ferro, carvão, níquel, enxofre, entre outros) menções sobre o impacto do preço desse tipo de produto na inflação, e nada encontrei.

No Brasil não se comentou o aumento de mais de 100% do preço do carvão, cuja quase totalidade consumida é importada. Não li também qualquer notícia dos efeitos da quadruplicação do preço do enxofre (de US$ 60 para US$ 240 por tonelada) sobre a inflação.

Porém, quando a maior empresa exportadora de minério do Brasil propõe um sistema de preços que reflita as condições de mercado, rapidamente há o debate sobre os potenciais efeitos na inflação, e nenhuma menção aos ganhos auferidos pelo país no seu comércio exterior. Da mesma forma, o Brasil proporcionalmente importa muito mais carvão e enxofre do que consome de minério de ferro e, estranhamente, não se diz que o preço daqueles produtos vai afetar a balança comercial…

Quando os preços do café, da laranja e das carnes sobem, é bom para o Brasil; com o minério de ferro não é diferente e todos geram divisas para o país importar o que é preciso, além de renda e investimentos. Tanto é que a Vale, nestes últimos anos, com a subida do preço e com o reflexo do mercado externo, é a empresa que mais exporta, a que mais investe no Brasil e a que mais contribui para o superávit comercial…

É bom citar que o preço do minério é compartilhado com os governos federal, estaduais e com os municípios onde atuamos, o que pode gerar mais desenvolvimento, crescimento e novos empregos, inclusive pelas contratações para implementar os projetos de investimento. A mudança do preço relativo dos produtos nos quais somos competitivos representa a chance de reverter um quadro histórico, trazendo valor e recursos para o Brasil.

Leia a carta na íntegra aqui.

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